PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
Terça-Feira
(Coisas
muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Aplicação no trabalho.
Senhor,
ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito
para to poder oferecer.
Lembrar-me: Os que estão sem trabalho.
Senhor,
lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às
suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno
exame: Cumpri o propósito que me propus
ontem?
LEITURA ESPIRITUAL
Evangelho
Mc I, 1-45
Jesus na Galileia
14
Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, e proclamava o
Evangelho de Deus, dizendo: 15 «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está
próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.»
Chamamento dos primeiros discípulos
16
Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que
lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. 17 E disse-lhes Jesus: «Vinde
comigo e farei de vós pescadores de homens.» 18 Deixando logo as redes,
seguiram-no. 19 Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu
irmão, que estavam no barco a consertar as redes, e logo os chamou. 20 E eles
deixaram no barco seu pai Zebedeu com os assalariados e partiram com Ele. 21
Entraram em Cafarnaúm. Chegado o sábado, veio à sinagoga e começou a ensinar.
22 E maravilhavam-se com o seu ensinamento,
pois os ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores da Lei.
Milagre na sinagoga
23
Na sinagoga deles encontrava-se um homem com um espírito maligno, que começou a
gritar: 24 «Que tens a ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos arruinar?
Sei quem Tu és: o Santo de Deus.» 25 Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e
sai desse homem.» 26 Então, o espírito maligno, depois de o sacudir com força,
saiu dele dando um grande grito. 27 Tão assombrados ficaram que perguntavam uns
aos outros: «Que é isto? Eis um novo ensinamento, e feito com tal autoridade
que até manda aos espíritos malignos e eles obedecem-lhe!» 28 E a sua fama logo
se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Cura da sogra de Pedro
29
Saindo da sinagoga, foram para casa de Simão e André, com Tiago e João. 30 A
sogra de Simão estava de cama com febre, e logo lhe falaram dela. 31
Aproximando-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a
servi-los.
Outros milagres
32
À noitinha, depois do pôr do sol, trouxeram-lhe todos os enfermos e possessos,
33 e a cidade inteira estava reunida junto à porta. 34 Curou muitos enfermos
atormentados por toda a espécie de males e expulsou muitos demónios; mas não
deixava falar os demónios, porque sabiam quem Ele era. 35 De madrugada, ainda
escuro, levantou-se e saiu; foi para um lugar solitário e ali se pôs em oração.
36 Simão e os que estavam com Ele seguiram-no. 37 E, tendo-o encontrado,
disseram-lhe: «Todos te procuram.» 38 Mas Ele respondeu-lhes: «Vamos para outra
parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu
vim.» 39 E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expulsando
os demónios.
Cura de um leproso
40
Um leproso veio ter com Ele, caiu de joelhos e suplicou: «Se quiseres, podes
purificar-me.» 41 Compadecido, Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: «Quero,
fica purificado.» 42 Imediatamente a lepra deixou-o, e ficou purificado. 43 E
logo o despediu, dizendo-lhe em tom severo: 44 «Livra-te de falar disto a
alguém; vai, antes, mostrar-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o
que foi estabelecido por Moisés, a fim de lhes servir de testemunho.» 45 Ele,
porém, assim que se retirou, começou a proclamar e a divulgar o sucedido, a ponto
de Jesus não poder entrar abertamente numa cidade; ficava fora, em lugares
despovoados. E de todas as partes iam ter com Ele.
SANTÍSSIMA VIRGEM
CARTA
ENCÍCLICA
REDEMPTORIS
MATER
DO
SUMO PONTÍFICE
JOÃO
PAULO II
SOBRE
A BEM-AVENTURADA
VIRGEM
MARIA
NA
VIDA DA IGREJA
QUE
ESTÁ A CAMINHO
Veneráveis
Irmãos, caríssimos Filhos e Filhas: saúde e Bênção Apostólica!
INTRODUÇÃO
1. A
MÃE DO REDENTOR tem um lugar bem preciso no plano da salvação, porque, «ao
chegar a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido duma mulher,
nascido sob a Lei, a fim de resgatar os que estavam sujeitos à Lei e para que
nós recebêssemos a adopção de filhos. E porque vós sois filhos, Deus enviou aos
nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: «Abbá! Pai!»» (Gál 4, 4-6).
Com
estas palavras do Apóstolo São Paulo, que são referidas pelo Concílio Vaticano
II no início da sua exposição sobre a Bem-aventurada Virgem Maria, [1] desejo
também eu começar a minha reflexão sobre o significado que Maria tem no
mistério de Cristo e sobre a sua presença activa e exemplar na vida da Igreja.
Trata-se, de facto, de palavras que celebram conjuntamente o amor do Pai, a
missão do Filho, o dom do Espírito Santo, a mulher da qual nasceu o Redentor e
a nossa filiação divina, no mistério da «plenitude dos tempos».
Esta
«plenitude» indica o momento, fixado desde toda a eternidade, em que o Pai
enviou o seu Filho, «para que todo o que n'Ele crer não pereça, mas tenha a
vida eterna» (Jo 3, 16). Ela designa o momento abençoado em que «o Verbo, que
estava junto de Deus, ... se fez carne e habitou entre nós» (Jo 1, 1. 14),
fazendo-se nosso irmão. Esta «plenitude» marca o momento em que o Espírito
Santo que já tinha infundido a plenitude de graça em Maria de Nazaré, plasmou
no seu seio virginal a natureza humana de Cristo. A mesma «plenitude» denota
aquele momento, em que, pelo ingresso do eterno no tempo, do divino no humano,
o próprio tempo foi redimido e, tendo sido preenchido pelo mistério de Cristo,
se torna definitivamente «tempo de salvação». Ela assinala, ainda, o início
arcano da caminhada da Igreja. Na Liturgia, de facto, a Igreja saúda Maria de
Nazaré como seu início, por isso mesmo que já vê projectar-se, no evento da
Conceição imaculada, como que antecipada no seu membro mais nobre, a graça
salvadora da Páscoa; e, sobretudo, porque no acontecimento da Incarnação se
encontram indissoluvelmente ligados Cristo e Maria Santíssima: Aquele que é o
seu Senhor e a sua Cabeça e Aquela que, ao pronunciar o primeiro «fiat»
(faça-se) da Nova Aliança, prefigura a condição da mesma Igreja de esposa e de
mãe.
REFLEXÃO
O
Santo Sacrifício compendia o que há-de ser a nossa conduta: adoração amorosa,
acção de graças, expiação, petição. Quer dizer, dedicação a Deus e, por Ele,
aos outros. Na Missa deve confluir quanto nos pese e nos oprima, quanto nos
encha de alegria e ilusão, cada detalhe do afazer quotidiano; temos de ir com
as nossas preocupações e as dos outros, as do mundo inteiro.
(Javier
Echevarría, Carta aos fiéis da Prelatura do Opus Dei, Ano da Eucaristia,
Roma 06.10.2004)
SÃO JOSEMARIA – textos
Procura cingir-te a um plano de vida
Sujeitar-se
a um plano de vida, a um horário... é tão monótono! – disseste-me. E
respondi-te: há monotonia porque falta Amor. (Caminho, 77)
Procura
cingir-te a um plano de vida com constância: alguns minutos de oração mental; a
assistência à Santa Missa, diária, se te é possível, e a Comunhão frequente; o
recurso regular ao Santo Sacramento do Perdão, ainda que a tua consciência não
te acuse de qualquer pecado mortal; a visita a Jesus no Sacrário; a recitação e
a contemplação dos mistérios do terço e tantas outras práticas excelentes que
conheces ou podes aprender. Mas estas práticas não se deverão transformar em
normas rígidas ou em compartimentos estanques. Indicam um itinerário flexível,
acomodado à tua condição de homem que vive no meio da rua, com um trabalho
profissional intenso e com deveres e relações sociais que não podes descuidar,
porque é nessas ocupações que prossegue o teu encontro com Deus. O teu plano de
vida há-de ser como uma luva de borracha que se adapta perfeitamente à mão de
quem a usa. Não te esqueças também de que o que é importante não é fazer muitas
coisas; limita-te com generosidade àquelas que possas cumprir no dia-a-dia,
quer te apeteça quer não. Essas práticas conduzir-te-ão, quase sem reparares, à
oração contemplativa. Brotarão da tua alma mais actos de amor, jaculatórias,
acções de graças, actos de desagravo, comunhões espirituais. E tudo isto,
enquanto te ocupas das tuas obrigações: ao pegar no telefone, ao subir para um
meio de transporte, ao fechar ou abrir uma porta, ao passar diante de uma
igreja, ao começar um novo trabalho, ao executá-lo e ao concluí-lo. Referirás
tudo ao teu Pai Deus. (Amigos de Deus, 149)
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