PLANO DE VIDA: (Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito: Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?
Leitura espiritual
Evangelho
Lc XII, 39-62
Agonia de Jesus em Getzemani
39 Saiu então e foi, como de
costume, para o Monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também com Ele.
40 Quando chegou ao local, disse-lhes: «Orai, para que não entreis em
tentação.» 41 Depois afastou-se deles, à distância de um tiro de pedra, aproximadamente;
e, pondo-se de joelhos, começou a orar, dizendo: 42 «Pai, se quiseres, afasta
de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua.» 43 Então,
vindo do Céu, apareceu-lhe um anjo que o confortava. 44 Cheio de angústia,
pôs-se a orar mais instantemente, e o suor tornou-se-lhe como grossas gotas de
sangue, que caíam na terra. 45 Depois de orar, levantou-se e foi ter com os
discípulos, encontrando-os a dormir, devido à tristeza. 46 Disse-lhes: «Porque
dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.»
Jesus é preso no
horto
47 Ainda Ele estava a falar
quando surgiu uma multidão de gente. Um dos Doze, o chamado Judas, caminhava à
frente e aproximou-se de Jesus para o beijar. 48 Jesus disse-lhe: «Judas, é com
um beijo que entregas o Filho do Homem?» 49 Vendo o que ia suceder, aqueles que
o cercavam perguntaram-lhe: «Senhor, ferimo-los à espada?» 50 E um deles feriu
um servo do Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. 51 Mas Jesus
interveio, dizendo: «Basta, deixai-os.» E, tocando na orelha do servo, curou-o.
52 Depois, disse aos que tinham vindo contra Ele, aos sumos sacerdotes, aos
oficiais do templo e aos anciãos: «Vós saístes com espadas e varapaus, como se
fôsseis ao encontro de um salteador! 53 Estando Eu todos os dias convosco no
templo, não me deitastes as mãos; mas esta é a vossa hora e o domínio das
trevas.»
Pedro nega Jesus
três vezes
54 Apoderando-se, então, de
Jesus, levaram-no e introduziram-no em casa do Sumo Sacerdote. Pedro seguia de
longe. 55 Tendo acendido uma fogueira no meio do pátio, sentaram-se e Pedro
sentou-se no meio deles. 56 Ora, uma criada, ao vê-lo sentado ao lume,
fitando-o, disse: «Este também estava com Ele.» 57 Mas Pedro negou-o, dizendo:
«Não o conheço, mulher.» 58 Pouco depois, disse outro, ao vê-lo: «Tu também és
dos tais.» Mas Pedro disse: «Homem, não sou.» 59 Cerca de uma hora mais tarde,
um outro afirmou com insistência: «Com certeza este estava com Ele; além disso,
é galileu.» 60 Pedro respondeu: «Homem, não sei o que dizes.» E, no mesmo
instante, estando ele ainda a falar, cantou um galo. 61 Voltando-se, o Senhor
fixou os olhos em Pedro; e Pedro recordou-se da palavra do Senhor, quando lhe
disse: «Hoje, antes de o galo cantar, irás negar-me três vezes.» 62 E, vindo
para fora, chorou amargamente.
Considerações
A Agonia de Jesus no Horto de Getzemani descrita por São
Lucas não pode deixar ninguém indiferente de tal forma choca o dramatismo da
circunstância.
Parece que Jesus Cristo Se
“desmorona” completamente exteriorizando o Seu sofrimento interior de forma tão
visível que, talvez por isso mesmo, os três discípulos não o suportam e,
esmagados, adormecem.
Não admira, a Última Ceia
celebrada pouco antes tinha sido tão densa, tão cheia de coisas novas, o
anúncio da traição de Judas o discurso testamentário de Jesus, a instituição da
Eucaristia, o Mandamento Novo… enfim, umas duas horas de revelações, exemplos,
acções extraordinárias.
Dom Javier Echevarria no seu
livro “Getzemani” descreve e contempla com admirável profundidade quanto se passou
no Horto.
Detem-se com particular ênfase
na intensidade do sofrimento de Cristo naqueles momentos de profunda oração ao
Pai.
Lágrimas de sangue revelam o
intenso sofrimento que vivia.[1]
Trata-se de um livro para
meditar e não apenas para ler. Encerra ilacções importantes sobre o “valor” do
sofrimento e da realidade da Paixão de Cristo.
Getzesemani não pode
dissociar-se da Paixão da Cruz porque nos dá uma certeza: Jesus Cristo sabia o que
O esperava nas horas seguintes e, mesmo assim, com todo o conhecimento do
futuro próximo que O aguardava, aceita e submete-Se donde, não podem restar quaisquer
dúvidas que aceitou a “Voluntáriamente aceitou a toda a Paixão e a Morte na
Cruz.
Deu a Sua Vida porque quis
salvar a humanidade convertendo todos em verdadeiros e legítimos Filhos de Deus
e Herdeiros da Vida Eterna.
Podemos ter a tentação de
pensar que foi “excessiva” esta forma de o levar a cabo, mas, temos de
considerar que só o ofendido pode perdoar e o ofensor e o perdão completo e
verdadeiro terá de estar de acordo com a gravidade da ofensa.
Ora, concluimos, se o pecado
é uma ofensa a Deus, quem mais o poderia perdoar a não ser Ele?
CONFISSÃO SACRAMENTAL
Cristo instituiu o
sacramento da Penitência oferecendo-nos uma nova possibilidade de nos
convertermos e de recuperarmos, depois do Baptismo, a graça da justificação.
“Cristo instituiu o
sacramento da Penitência para todos os membros pecadores da sua Igreja, antes
de mais para aqueles que, depois do Baptismo, caíram em pecado grave e assim
perderam a graça baptismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o
sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de se converterem e de
reencontrarem a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este
sacramento como “a segunda tábua (de salvação), depois do naufrágio que é a
perda da graça”.[2]
Foi ao dar o Espírito Santo
aos Apóstolos que Cristo ressuscitado lhes transmitiu o Seu próprio poder
divino de perdoar os pecados: “Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem
perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes,
ser-lhes-ão retidos”» (Jo 20, 22-23).[3]
REFLEXÃO
Da necessidade de
reconvenção
O que se entende, exactamente reconvenção?
De forma sintética quererá significar rever o passado,
tornar a andar o já andado.
Porque é necessária? Não dizemos que o passado não
interessa mas, sim, o presente?
É verdade, mas também é verdade que o presente começou
ontem e tem consigo, digamos, a carga, o efeito, a consequência do feito ontem.
Não podemos voltar a fazer o mesmo que já fizemos?
Podemos, claro, repetir corrigindo o que foi mal ou
deficientemente feito.
Podemos e devemos principalmente fazer o que
deveríamos ter feito e não fizemos.
Lembremos que para Deus não há tempo tal como o
consideramos, mas um presente contínuo, permanente.
Portei-me mal? Pois, peço perdão e corrijo portando-me
bem.
Talvez que, na reconvenção, preocupados com o ter
feito mal ou não ter cumprido a nossa obrigação, nos esqueçamos de aferir algo
muito importante: fomos agradecidos? Demos graças a Deus por tudo -
absolutamente - quanto Lhe devemos?
Pois
aproveitemos este tempo que nos é concedido para o fazer.
[1] Hematidrose (Também chamado
hematohidrose ou hemidrose ou suor de sangue. Do grego haima/haimatos αἷμα,
αἵματος, sangue; hidrōs' ἱδρώς
sangue) é uma condição muito rara em que um humano sua sangue.
A hematidrose afecta o rosto, as orelhas, o nariz e os
olhos, mas na sua na origem também está
um outro fenómeno: as lágrimas de sangue.
Para já a ciência sabe que este fenómeno do corpo humano
está associado a momentos de maior pressão, tensão ou stress.
O medo e o stress emocional intenso podem também
impulsionar esta condição, pois estes estados emocionais têm um impacto directo
nos micro vasos sanguíneos das glândulas sudoríparas, que explodem' e dão
origem à saída de sangue, em simultâneo com o suor.
[2]
Catecismo,
1446
[3] Catecismo, 976
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.