Porque é que nós, homens, nos entristecemos?
"Bem-aventurada, porque
acreditaste!", diz Isabel à nossa Mãe. A união com Deus, a vida
sobrenatural, vai sempre unida à prática atraente das virtudes humanas: porque
"leva" Cristo, Maria leva a alegria ao lar de sua prima. (Sulco,
566)
Não deis o mínimo crédito aos
que apresentam a virtude da humildade como um amesquinhamento humano ou como
uma condenação perpétua à tristeza. Sentir-se barro, recomposto com gatos, é
fonte contínua de alegria; significa reconhecer-se pouca coisa diante de Deus:
criança, filho. E haverá maior alegria do que a daquele que, sabendo-se pobre e
débil, se sabe também filho de Deus? Porque é que nós, homens, nos
entristecemos? Porque a vida na terra, não se passa como nós, pessoalmente,
esperávamos e porque surgem obstáculos que impedem ou dificultam a satisfação
do que pretendemos. Nada disto acontece quando a alma vive essa realidade
sobrenatural da sua filiação divina. Se Deus é por nós, quem será contra nós.
Que estejam tristes os que se empenham em não se reconhecerem filhos de Deus,
tenho eu repetido sempre. (Amigos de Deus, 108)
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