O Matrimónio
4.
A paternidade responsável
O
estereótipo da família apresentada pela cultura actualmente dominante opõe-se à
família numerosa, justificado por razões económicas, sociais, higiénicas, etc.
Mas «o verdadeiro amor mútuo transcende a comunidade de marido e mulher e
estende-se aos seus frutos naturais, os filhos. O egoísmo, pelo contrário,
acaba por rebaixar esse amor à simples satisfação do instinto, e destrói a
relação que une pais e filhos. Dificilmente haverá quem se sinta bom filho –
verdadeiro filho – de seus pais, se puder vir a pensar que veio ao mundo contra
a vontade deles, que não nasceu de um amor limpo, mas de uma imprevisão ou de
um erro de cálculo (…). Vejo com clareza que os ataques às famílias numerosas
provêm da falta de fé, são produto de um ambiente social incapaz de compreender
a generosidade, um ambiente que tende a encobrir o egoísmo e certas práticas
inconfessáveis com motivos aparentemente altruístas» (S. Josemaria, Temas
Actuais do Cristianismo, 94). «Os esposos devem edificar a sua convivência
sobre um carinho sincero e puro, e sobre a alegria de ter trazido ao mundo os
filhos que Deus lhes tenha dado a possibilidade de ter, sabendo, se for
necessário, renunciar a comodidades pessoais e tendo fé na Providência divina.
Formar uma família numerosa, se tal for a vontade de Deus, é uma garantia de
felicidade e de eficácia, embora afirmem outra coisa os defensores de um triste
hedonismo» (S. JOSEMARIA, Cristo que Passa, 25).
Mesmo
com uma atitude generosa face à paternidade, os esposos podem encontrar-se «em
situações em que, pelo menos temporariamente, não lhes é possível aumentar o
número de filhos» (Concílio Vaticano II, Const. Gaudium et Spes, 51).
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