30/01/2021

LEITURA ESPIRITUAL Janeiro 30

Evangelho

 

Mc V 1 – 20

 

O endemoninhado de Gerasa

1 Chegaram à outra margem do mar, à região dos gerasenos. 2 Logo que Jesus desceu do barco, veio ao seu encontro, saído dos túmulos, um homem possesso de um espírito maligno. 3 Tinha nos túmulos a sua morada, e ninguém conseguia prendê-lo, nem mesmo com uma corrente, 4 pois já fora preso muitas vezes com grilhões e correntes, e despedaçara os grilhões e quebrara as correntes; ninguém era capaz de o dominar. 5 Andava sempre, dia e noite, entre os túmulos e pelos montes, a gritar e a ferir-se com pedras. 6 Avistando Jesus ao longe, correu, prostrou-se diante dele 7 e disse em alta voz: «Que tens a ver comigo, ó Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te, por Deus, que não me atormentes!» 8 Efectivamente, Jesus dizia: «Sai desse homem, espírito maligno.» 9 Em seguida, perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?» Respondeu: «O meu nome é Legião, porque somos muitos.» 10 E suplicava-lhe insistentemente que não o expulsasse daquela região. 11 Ora, ali próximo do monte, andava a pastar uma grande vara de porcos. 12 E os espíritos malignos suplicaram a Jesus: «Manda-nos para os porcos, para entrarmos neles.» 13 Jesus consentiu. Então, os espíritos malignos saíram do homem e entraram nos porcos, e a vara, cerca de uns dois mil, precipitou-se do alto no mar e ali se afogou. 14 Os guardas dos porcos fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos. As pessoas foram ver o que se passara. 15 Ao chegarem junto de Jesus, viram o possesso sentado, vestido e em perfeito juízo, ele que estivera possuído de uma legião; e ficaram cheias de temor. 16 As testemunhas do acontecimento narraram-lhes o que tinha sucedido ao possesso e o que se passara com os porcos. 17 Então, pediram a Jesus que se retirasse do seu território. 18 Jesus voltou para o barco e o homem que fora possesso suplicou-lhe que o deixasse andar com Ele. 19 Não lho permitiu. Disse-lhe antes: «Vai para tua casa, para junto dos teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor fez por ti e como teve misericórdia de ti.» 20 Ele retirou-se, começou a apregoar na Decápole o que Jesus fizera por ele, e todos se maravilhavam.

 


O Amor! (cont)

  Desejamos como que um Deus particular, muito próprio, que nos indique, a cada momento, de forma explícita, o que quer que façamos, e o que acontece, é que, quase sempre quando assim procedemos, o que bem no fundo desejamos é que esse “Deus particular” concorde com aquilo que fazemos ou nos apetece fazer.

  Já vimos anteriormente o papel determinante que tem a consciência própria e o que determina na nossa vida. Pois é essa consciência, bem formada e bem informada, que nos deve dar os tais sinais que procuramos.

As informações que podemos dispor são em primeiro lugar o estudo da Lei de Deus e a Sua Doutrina e, logo, o acervo extraordinário de documentação, referências, estudos, análises sobre os temas mais variados que interessam à religião, à sua prática e vivência que, ao longo dos séculos, a Igreja foi elaborando.

 Ninguém que tenha procurado informar-se poderá, seriamente, aduzir que não sabe, não conhece, nunca ouviu falar.

  Tudo, na vida evolui e se adapta ou, mesmo, transforma.

A Doutrina não!

Permanece exactamente a mesma tal como a Revelação e Jesus Cristo a comunicou à humanidade.

Nem poderia ser de outra forma porque, emanando de Deus que è imutável e perene.

  A Igreja pertence, é efectivamente, de Jesus Cristo, seu Fundador e sua Cabeça e não cabe a ninguém, por mais alto cargo que ocupe, alterar uma vírgula que seja.

O que a Igreja faz, isso sim, é ir esclarecendo os homens da actualidade dessa Doutrina dando-lhe novas luzes que permitam a sua interpretação e o seu conhecimento mais acessível ou actual, se quisermos.

  É evidente que, por exemplo, a leitura do Evangelho, hoje em dia, é muito mais compreensível do que há mil anos atrás porque, mantendo o núcleo da mensagem, os novos textos utilizam termos e sintaxe actuais.

  Quando se diz que o Papa é conservador ou liberal, não se sabe o que se diz.

A pessoa do Papa, o ser humano, tem um pensamento, uma estrutura mental, uma cultura, um modo pessoal de interpretar a vida e os acontecimentos.

 O Papa, o Vigário de Cristo – atente-se que, Vigário quer dizer: o que faz as vezes de – não tem qualificação alguma já que actua como o próprio Jesus Cristo actuaria.

Isto nem sequer parece importante porque, quase sempre, as pessoas que fazem estas afirmações, ou não têm verdadeira fé, ou não a praticam ou são ignorantes.

No fim e ao cabo, estarão no mesmo patamar daqueles que desejam os sinais.

  Sabe-se que na história da Igreja, nem sempre foram exemplares os comportamentos e atitudes dos homens com responsabilidades de magistério, incluindo alguns Papas, aliás, como hoje em dia são flagrantes, estamos a falar de homens, seres humanos, com os seus méritos, qualidades mas, também, fraquezas e fragilidades.

Foram, ou são, um problema grave para a Igreja, o próprio Papa o reconhece e explicitamente condena, mas nunca, em nenhum caso, algum destes homens usou a sua posição dentro das estruturas da Igreja para modificar, desvirtuar ou alterar o quer que fosse da Doutrina tal como instituída por Cristo.

  Nunca houve alguém que alterasse, por exemplo, a Doutrina a respeito do Matrimónio, ou da dignidade do ser humano desde o momento da concepção e, não têm sido poucas, frequentes e inauditas as pressões para que o fizessem.

  A maior parte das vezes, sob um “sinal de abertura”, como gostam de qualificar, o que essas pessoas ou grupos de pessoas querem é, além do seu “Deus particular”, também uma Igreja adaptada às suas ideias ou conveniências.

 

 

 

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