29/01/2021

LEITURA ESPIRITUAL Janeiro 29

Evangelho

 

Mc IV 21 – 41

 

Parábola da lâmpada

21 Disse-lhes ainda: «Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro? 22 Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se, nem há nada oculto que não venha à luz. 23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.» 24 E prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para medir é que sereis medidos, e ainda vos será acrescentado. 25 Pois àquele que tem, será dado; e ao que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.»

 

Parábola da semente

26 Dizia ainda: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. 27 Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como. 28 A terra produz por si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na espiga. 29 E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque chegou o tempo da ceifa.»

 

Parábola do grão de mostarda

30 Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos? 31 É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; 32 mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.» 33 Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme eram capazes de compreender. 34 Não lhes falava senão em parábolas; mas explicava tudo aos discípulos, em particular.

 

Jesus acalma uma tempestade

35 Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.» 36 Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele. 37 Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água. 38 Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada. 39 Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma. 40 Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» 41 E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»

 


 

O Amor! (cont)

  Lembremo-nos da história do Dr. Frankenstein.

Tudo parecia lógico e bem alicerçado cientificamente e, parece, até funcionou. Mas conhece-se a saga: os resultados foram, pelo menos, inesperados.

  Tudo isto, posto desta forma, parece simplista e falho de base científica, e… ainda bem se assim for porque, o que se defende, é que não há nenhuma razão, motivo, ou sequer, autoridade, para que o homem interfira no que lhe está vedado por natureza: a Criação!

  O homem não é capaz de criar coisa nenhuma.

  Um pintor não cria um quadro, limita-se a aplicar um talento que Deus lhe deu, umas técnicas que adquiriu com o estudo e a experiência e uns materiais que estão à sua disposição: telas, tintas, pincéis, etc.

  O escritor reproduz em papel aquilo que no seu íntimo imagina e constrói, dando-lhe uma forma mais ou menos consistente.

O escultor arranca a golpes de cinzel do bloco de mármore, uma imagem magnífica que a sua arte e senso artístico vão descobrindo.

Nenhum destes pintou um quadro, escreveu um livro ou produziu uma escultura com um simples acto de vontade como que dando um estalido com os dedos.

Tiveram de socorrer-se da sua imaginação, saber, técnica e, muito importante, de instrumentos e materiais que já existiam antes.

  Criar, propriamente, é fazer algo de nada, onde nada existe passa a haver uma coisa, um ser e isto, só por um simples acto de vontade.

  Esta vontade, esta capacidade é única e exclusiva do Criador, de Deus.

  Mas temos também de considerar que «dar a Deus o que é de Deus» é também dar aos outros porque, de facto, é um mandato explícito de Deus.

Ao mandar-nos amar os outros como a nós mesmos, tal como o fez no Decálogo, não faz uma recomendação, ou estabelece um principio.

Não!

Exerce o Seu Poder e Autoridade de Criador para ordenar de forma clara o que quer que façamos. E, se amar a Deus e ao próximo como a si mesmo (Lei Natural) é fazer a Vontade de Deus parece que poderíamos assumir que o que temos que dar a Deus é, resumidamente, fazer a Sua Vontade.

  Mas como saber o que é a Vontade de Deus na vida corrente de cada um?

  Cumprir os Mandamentos?

  Claro… mas digamos que esta é uma forma global de apreciar as coisas e nós homens, precisamos de detalhes, pormenores que se ajustem às pequenas ou grandes incidências da nossa vida.

  Os contemporâneos de Jesus, numa tentativa de iludir a questão, pediam-lhe sinais, como se as obras, as palavras, a actuação, enfim, de Jesus Cristo, não fosse, ela própria um sinal mais que evidente da Sua Autoridade Messiânica.

  Também nós, muitas vezes, esperamos por esses sinais que não sabemos muito bem o que sejam, para nos decidirmos a fazer o que devemos.

 

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