Mc
IV 21 – 41
Parábola da lâmpada
21 Disse-lhes ainda: «Põe-se, porventura, a candeia
debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro?
22 Porque não há nada escondido que não venha a descobrir-se, nem há nada
oculto que não venha à luz. 23 Se alguém tem ouvidos para ouvir, oiça.» 24 E
prosseguiu: «Tomai sentido no que ouvis. Com a medida que empregardes para
medir é que sereis medidos, e ainda vos será acrescentado. 25 Pois àquele que
tem, será dado; e ao que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado.»
Parábola da semente
26 Dizia ainda: «O Reino de Deus é como um homem que
lançou a semente à terra. 27 Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e
de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como. 28 A terra produz por
si, primeiro o caule, depois a espiga e, finalmente, o trigo perfeito na
espiga. 29 E, quando o fruto amadurece, logo ele lhe mete a foice, porque
chegou o tempo da ceifa.»
Parábola do grão de mostarda
30 Dizia também: «Com que havemos de comparar o Reino de
Deus? Ou com qual parábola o representaremos? 31 É como um grão de mostarda
que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem;
32 mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do
horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua
sombra.» 33 Com muitas parábolas como estas, pregava-lhes a Palavra, conforme
eram capazes de compreender. 34 Não lhes falava senão em parábolas; mas
explicava tudo aos discípulos, em particular.
Jesus
acalma uma tempestade
35 Naquele dia, ao
entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.» 36 Afastando-se da multidão,
levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele.
37 Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se
contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água. 38 Jesus, à
popa, dormia sobre uma almofada. 39 Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não
te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e
disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma. 40
Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» 41 E
sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o
vento e o mar obedecem?»
O Amor!
(cont)
Lembremo-nos
da história do Dr. Frankenstein.
Tudo parecia lógico e bem alicerçado
cientificamente e, parece, até funcionou. Mas conhece-se a saga: os resultados
foram, pelo menos, inesperados.
Tudo
isto, posto desta forma, parece simplista e falho de base científica, e… ainda
bem se assim for porque, o que se defende, é que não há nenhuma razão, motivo,
ou sequer, autoridade, para que o homem interfira no que lhe está vedado por
natureza: a Criação!
O
homem não é capaz de criar coisa nenhuma.
Um
pintor não cria um quadro, limita-se a aplicar um talento que Deus lhe deu,
umas técnicas que adquiriu com o estudo e a experiência e uns materiais que
estão à sua disposição: telas, tintas, pincéis, etc.
O
escritor reproduz em papel aquilo que no seu íntimo imagina e constrói,
dando-lhe uma forma mais ou menos consistente.
O escultor arranca a golpes de cinzel do
bloco de mármore, uma imagem magnífica que a sua arte e senso artístico vão
descobrindo.
Nenhum destes pintou um quadro, escreveu um
livro ou produziu uma escultura com um simples acto de vontade como que dando
um estalido com os dedos.
Tiveram de socorrer-se da sua imaginação,
saber, técnica e, muito importante, de instrumentos e materiais que já existiam
antes.
Criar,
propriamente, é fazer algo de nada, onde nada existe passa a haver uma coisa,
um ser e isto, só por um simples acto de vontade.
Esta
vontade, esta capacidade é única e exclusiva do Criador, de Deus.
Mas
temos também de considerar que «dar a Deus o que é de Deus» é também dar
aos outros porque, de facto, é um mandato explícito de Deus.
Ao mandar-nos amar os outros como a nós
mesmos, tal como o fez no Decálogo, não faz uma recomendação, ou estabelece um
principio.
Não!
Exerce o Seu Poder e Autoridade de Criador
para ordenar de forma clara o que quer que façamos. E, se amar a Deus e ao
próximo como a si mesmo (Lei Natural) é fazer a Vontade de Deus parece que
poderíamos assumir que o que temos que dar a Deus é, resumidamente, fazer a Sua
Vontade.
Mas
como saber o que é a Vontade de Deus na vida corrente de cada um?
Cumprir
os Mandamentos?
Claro…
mas digamos que esta é uma forma global de apreciar as coisas e nós homens,
precisamos de detalhes, pormenores que se ajustem às pequenas ou grandes
incidências da nossa vida.
Os
contemporâneos de Jesus, numa tentativa de iludir a questão, pediam-lhe sinais,
como se as obras, as palavras, a actuação, enfim, de Jesus Cristo, não fosse,
ela própria um sinal mais que evidente da Sua Autoridade Messiânica.
Também
nós, muitas vezes, esperamos por esses sinais que não sabemos muito bem o que
sejam, para nos decidirmos a fazer o que devemos.
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