13/01/2021

LEITURA ESPIRITUAL Janeiro 13

 

Evangelho

 

Mt XXIV 42 – 51; XXV 1 - 13

 

 

Exortação à vigilância

 

42 Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. 43 Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa. 44 Por isso, estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não pensais.» 45 «Quem julgais que é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua família para os alimentar a seu tempo? 46 Feliz esse servo a quem o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado. 47 Em verdade vos digo: Há-de confiar-lhe todos os seus bens. 48 Mas, se um mau servo disser consigo mesmo: ‘O meu senhor está a demorar’, 49 e começar a bater nos seus companheiros, a comer e a beber com os ébrios, 50 o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e à hora que ele desconhece; 51 vai afastá-lo e dar-lhe um lugar com os hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes.»

 

Parábola das dez virgens

 

1 «O Reino do Céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas candeias, saíram ao encontro do noivo. 2 Ora, cinco delas eram insensatas e cinco prudentes. 3 As insensatas, ao tomarem as suas candeias, não levaram azeite consigo; 4enquanto as prudentes, com as suas candeias, levaram azeite nas almotolias. 5 Como o noivo demorava, começaram a dormitar e adormeceram. 6 A meio da noite, ouviu-se um brado: ‘Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!’ 7 Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias. 8 As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas candeias estão a apagar-se.’ 9 Mas as prudentes responderam: ‘Não, talvez não chegue para nós e para vós. Ide, antes, aos vendedores e comprai-o.’ 10 Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo; as que estavam prontas entraram com ele para a sala das núpcias, e fechou-se a porta. 11 Mais tarde, chegaram as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos a porta!’ 12 Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço.’ 13 Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.»

 


Flexibilidade

 

  Esta virtude, que se cita em último, não é, por isso, menos importante; aliás, a ordem porque foram citadas não obedece a nenhum critério de importância ou interesse.

  Pode dizer-se que a Flexibilidade é a capacidade de mudar de atitude ou forma de pensar adaptando-se a determinadas circunstâncias, sem necessariamente, e de uma forma geral, implicar uma mudança de opinião ou convicções mais profundas.

  Claro que é necessário ter uma atenção especial para não se cair na contradição da constância, por exemplo, mas, ao contrário, apoiar-se mais noutras virtudes como, por exemplo: a Humildade, a Confiança, a Obediência, a Simplicidade, a Mansidão, a Amizade e a Fraternidade.

  A irredutibilidade de opinião, conceito ou critério é, quase sempre sinal de falta de humildade e, bastantes vezes de orgulho e autoconvencimento.

  Fechar-se num hermetismo impassível ao que se passa à sua volta, completamente alheio das opiniões ou conceitos dos outros, sejam quem forem, conduz a um anquilosamento da personalidade que torna a pessoa antipática e pouco ou nada participativa na vida social.

Numa espécie de ilha – como já falámos – sente-se dono e senhor de umas razões e certezas que não está disponível para avaliar e, muito menos, discutir.

Não evolui, não cresce, não melhora.

  A atitude contrária manifesta-se na abertura às opiniões dos outros, contrastando-as com as próprias e elegendo as que, em consciência, parecem mais adequadas à circunstância.

  Não se trata de ceder; mas de aceitar, de submissão mas de cooperação.

  É a virtude da flexibilidade que nos permite ir pela vida colhendo a beneficiando das experiências e conhecimentos dos outros, adaptando-nos, usando a Humildade, a Confiança, a Amizade e a Fraternidade para, com Simplicidade e Mansidão, progredir nas demais virtudes que devem estar sempre presentes.

  Sem elas, seria muito difícil, ou mesmo impossível, ao homem progredir no caminho do bem, da melhoria pessoal e alheia, dando à sociedade o contributo que tem obrigação de dar.

 

 

Melhoria pessoal

 

  Quando se fala de melhoria pessoal tem de se estar preparado para um tema que abarca várias vertentes da vida humana.

  Desde o progresso na vida normal e corrente, na carreira profissional numa expectativa de melhoria, quer das condições de trabalho, quer dos proventos que for lícito esperar do mesmo, numa constante adaptação às novidades que vão surgindo em ritmo mais ou menos acelerado em todos os campos da actividade humana, desenvolvendo as capacidades próprias de acordo com o que se vai aprendendo, quer estudando quer com a experiência própria e observação do comportamento dos outros, é, o que pode chamar-se, perspectivas de melhoria pessoal.

Esta é, de facto, uma característica da pessoa consciente e normalmente desenvolvida, a evolução natural ao longo da vida.

Para isto contribui fortemente a formação do carácter com objectivos bem definidos e os procedimentos a ter para os conseguir alcançar.

  A pessoa conformada com a sua situação, quer laboral quer na escala social pode classificar-se como amorfa.

 “Tanto se lhe dá”, não lhe importa crescer, não tem apetência por novidade nem lhe interessa a evolução da sociedade nas suas múltiplas facetas.

Está destinado a morrer no verdadeiro sentido da palavra, estagnando num pântano de conformismo e alheamento que não interessa para nada nem ao próprio nem à sociedade.

 

 

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