20/12/2020

Sacramentos

 


2. Sacramentos de Cristo e da Igreja

O Concílio de Trento, seguindo a doutrina da Sagrada Escritura e a tradição apostólica, professou que os sacramentos foram todos instituídos por nosso Senhor Jesus Cristo. A Igreja reconheceu, a pouco e pouco, este tesouro recebido de Cristo e foi-lhe precisando a «dispensação», tal como o fez relativamente ao cânon das Sagradas Escrituras e à doutrina da fé, enquanto fiel despenseira dos mistérios de Deus. Assim, a Igreja discerniu, no decorrer dos séculos, que, entre as suas celebrações litúrgicas, há sete que são, no sentido próprio da palavra, sacramentos instituídos pelo Senhor. Os sacramentos são “da Igreja”, no duplo sentido de que são «por ela» e «para ela». São “pela Igreja”, porque ela é o sacramento da acção de Cristo que nela opera, graças à missão do Espírito Santo. E são «para a Igreja», são estes «sacramentos que fazem a Igreja» (Santo Agostinho, De civitate Dei 22, 17; S. Tomás de Aquino, Summa theologiae, 3. q. 64, a. 2. ad 3), porque manifestam e comunicam aos homens, sobretudo na Eucaristia, o mistério da comunhão do Deus-Amor, uno em três Pessoas.

Os três sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Ordem conferem, além da graça, um carácter sacramental ou “selo”, pelo qual o cristão participa no sacerdócio de Cristo e faz parte da Igreja segundo estados e funções diversas. Esta configuração a Cristo e à Igreja, realizada pelo Espírito, é indelével, fica para sempre no cristão como disposição positiva para a graça, como promessa e garantia da proteção divina e como vocação para o culto divino e para o serviço da Igreja. Por isso, estes sacramentos nunca podem ser repetidos. (Cf. Catecismo da Igreja Católica nn. 1114-1121)

 

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