Evangelho
Mt
XII 9- 21
A mão atrofiada
9 partindo
dali foi à sinagoga deles, onde se encontrava um homem que tinha uma das mãos
atrofiada 10 e eles, para terem de que O acusar, perguntaram-lhe: «É permitido
curar aos sábados?» 11 Ele respondeu-lhes: «Que homem haverá entre vós que,
tendo uma ovelha, se esta cair num dia de Sábado a uma cova, não agarre e não a
tire de lá? 12 Ora quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo é permitido
fazer o bem no dia de Sábado». 13 Então disse ao homem: «Estende a tua mão. Ele
estendeu-a e ela tornou-se são como a outra.
Mansidão de Jesus
14
Os fariseus, saindo dali, tiveram conselho contra Ele sobre o modo de O levarem
á morte. 15 Jesus, sabendo isto, retirou-se daquele lugar. 16 Muitos
seguiram-no, e curou-os a todos. 17 Ordenou-lhes que não O descobrissem, para
que se cumprisse o que tinha sido anunciado pelo profeta Isaías: 18 «Eis o Meu
servo, que Eu escolhi, o Meu amado, em quem a Minha alma pôs as suas
complacências. Farei repousar sobre Ele o Meu Espírito, e Ele anunciará a
justiça às nações. 19 Não discutirá nem clamará, nem ouvirá alguém a Sua voz
nas praças; 20 Não quebrará a cana rachada, nem apagará a torcida que fumega,
até que faça triunfar a justiça; 21 e as nações esperarão no Seu nome».
JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR
Iniciação à Cristologia
Capítulo V
CRISTO ENQUANTO HOMEM CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE
4. A auto-consciência de Cristo
A unidade
psicológica de Cristo: o único «Eu» de Cristo. Se nos fixamos na palavra «eu» nos lábios de Jesus (palavra que
expressa a sua auto-consciência, comprovaremos que nos Evangelhos nunca aparece
um eu humano de Jesus e outro eu do Filho de Deus: nunca se sente e se mostra
como um homem diferente do Filho de Deus. Pelo contrário, na Escrituras aparece
um único Eu que expressa a sua unidade psicológica, que deriva da unidade
ontológica da sua pessoa: Ele é e sabe-se um só sujeito, o Filho de Deus feito
homem. P. ex.: «Agora, Pai, glorifica-me ao teu lado (na minha humanidade), com
a glória que eu tinha junto de ti (como Filho eterno de Deus) antes que o mundo
existisse» (Jo 17,5).
Assim é muito significativa a expressão «Eu sou»
utilizada por Jesus, que recorda a resposta dada por Deus a Moisés: «Eu sou o
que sou (…) assim responderás aos filhos de Israel: Eu sou vos manda» (Ex 3,14).
Por exemplo: «Se não acreditardes que Eu sou, morrereis nos vossos pecados» (Jo
8,24); e também: «Quando levantardes ao alto o Filho do homem, então
conhecereis que Eu sou» (Jo 8,28), onde Cristo fala da sua «elevação» mediante
a cruz e a sucessiva Ressurreição: então se manifestará claramente ante todos
os homens quem é, que é deus.
Ora bem, no intento de explicar «como» se podia
formar essa auto-consciência n’Ele, a opinião mais provável para os teólogos é
que Jesus se sabia não só homem mas também ao mesmo tempo Filho de Deus
mediante o conhecimento de visão beatífica, pela qual o seu intelecto humano
gozava de um imediato conhecimento do Verbo.
Vicente Ferrer Barriendos
(Tradução
do castelhano por ama)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.