Mt V, 13 - 32
Comparações com o sal e a luz
13 «Vós
sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há-de salgar? Não serve
para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. 14 Vós
sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; 15
nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do
candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa. 16 Assim brilhe a
vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras,
glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu.»
A Antiga Lei e a Nova Lei
17 «Não
penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los
à perfeição. 18 Porque em verdade vos digo: Até que passem o céu e a terra, não
passará um só jota ou um só ápice da Lei, sem que tudo se cumpra. 19 Portanto,
se alguém violar um destes preceitos mais pequenos, e ensinar assim aos homens,
será o menor no Reino do Céu. Mas aquele que os praticar e ensinar, esse será
grande no Reino do Céu. 20 Porque Eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a
dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu.» 21 «Ouvistes
o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder em
juízo. 22 Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu
perante o tribunal; quem lhe chamar ‘imbecil’ será réu diante do Conselho; e
quem lhe chamar ‘louco’ será réu da Geena do fogo. 23 Se fores, portanto,
apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem
alguma coisa contra ti, 24 deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai
primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua
oferta. 25 Com o teu adversário mostra-te conciliador, enquanto caminhardes
juntos, para não acontecer que ele te entregue ao juiz e este à guarda e te
mandem para a prisão. 26 Em verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o
último centavo.»
Castidade do corpo e da mente
27«Ouvistes
o que foi dito: Não cometerás adultério. 28Eu, porém, digo-vos que todo aquele
que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu
coração. 29 Portanto, se a tua vista direita for para ti origem de pecado,
arranca-a e lança-a fora, pois é melhor perder-se um dos teus órgãos do que
todo o teu corpo ser lançado à Geena. 30 E se a tua mão direita for para ti
origem de pecado, corta-a e lança-a fora, porque é melhor perder-se um só dos
teus membros do que todo o teu corpo ser lançado à Geena.»
Divórcio
31«Também
foi dito: Aquele que se divorciar da sua mulher, dê-lhe documento de divórcio.
32 Eu, porém, digo-vos: Aquele que se divorciar da sua mulher - excepto em caso
de união ilegal - expõe-na a adultério, e quem casar com a divorciada comete
adultério.»
JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR
Iniciação à Cristologia
Capítulo V
CRISTO ENQUANTO HOMEM CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE
2. A graça e a santidade de Cristo
c) Cristo enquanto homem também é santo por graça
habitual
A graça habitual é o dom sobrenatural que
Deus outorga ao homem pelo qual o une a si e o torna semelhante a si próprio,
fazendo-o participe da natureza divina (cf. Pd 1,4) que é santa. Por isso a
graça chama-se também «santificante»
porque é uma qualidade que transforma a natureza do homem divinizando-o,
tornando-o justo e santo.
Os Evangelhos falam-nos explicitamente da existência
desta graça em Jesus Cristo: estava «cheio de graça» (Jo 1,14), ou «crescia em
graça» (Lc 2,52).
É
fácil de entender a conveniência de que Cristo tivesse a graça habitual, já que
a sua humanidade não é santa por si mesma, nem se transformou em divina pela
união hipostática, uma vez que permanece sempre a distinção das duas naturezas.
Por isso, é necessário que a humanidade de Cristo chegue a ser divina e santa
por participação, que é o efeito próprio da graça habitual ou santificante[1].
Vicente Ferrer Barriendos
(Tradução
do castelhano por ama)
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