01/12/2020

Doutrina

 


Culto das imagens: Católicos e Protestantes

 

Citações bíblicas manejadas pelos protestantes para nos assinalar como idólatras: [i]

 

 

O Catecismo de a Igreja Católica no seu número 2113 é bem explícito a este respeito quando diz que a idolatria não se refere só aos cultos falsos do paganismo, que é uma tentação constante da fé que consiste simplesmente em divinizar o que não é Deus.

Há idolatria a partir do momento em que o homem honra e reverencia uma criatura em lugar de Deus, trate-se de outros deuses segundo crenças diferentes, trate-se de demónios segundo o satanismo e o ocultismo em geral, trate-se do poder, do prazer, da raça, dos antepassados ou do dinheiro entre outras tantas coisas que podem levar a considerar-se como deuses.

Segundo o Evangelista Mateus não podemos servir ao mesmo tempo a Deus e o dinheiro com tudo o que isto implica, não podemos dizer-nos católicos e ao mesmo tempo praticar a imagiologia ou qualquer culto que tenha que ver com o ocultismo, não podemos dizer-nos católicos e acreditar nas disciplinas orientais onde encontramos o Feng Shui, a Meditação e os Chacras entre outros, não podemos dizer-nos católicos e ler literatura protestante, não podemos dizer-nos católicos e rejeitar a Igreja Católica e o que Cristo Jesus deixou nela para que fosse administrado pelos homens.

 

O próprio Catecismo de a Igreja Católica no seu número 2112 recorda-nos que o primeiro mandamento da lei de Deus condena o politeísmo e exige ao homem não ter outros deuses além do Deus verdadeiro, por outro lado o numero 2114 do mesmo Catecismo, refere que a vida humana se unifica na adoração do Único Deus, esse mandamento de adorar a Único Senhor dá unidade ao homem e salva-o de uma dispersão definitiva, tal quer dizer por outras palavras, que a idolatria é portanto uma perversão do sentido religioso inato no homem.

 

Em conclusão a idolatria consiste em pôr uma pessoa, coisa ou desejo acima de Deus, tirar a Deus o lugar que só a Ele corresponde, e quando digo Deus refiro-me simplesmente a Deus Trino, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

 

Segundo a Enciclopédia Católica, etimologicamente a palavra idolatria denota adoração divina outorgada a uma imagem, mas o seu significado alargou-se a toda a adoração divina outorgada a qualquer pessoa ou coisa diferente do único e verdadeiro Deus.

 

São Tomás de Aquino trata a idolatria como uma espécie do género da superstição o que é um vazio oposto à virtude da religião e consiste em dar honra divina a coisas que não são Deus ou ao próprio Deus mesmo de uma maneira equívoca.

A nota específica da idolatria é a sua directa oposição ao objecto primário da adoração Divina, é quando se confere a uma criatura a reverência devida só a Deus.

Existe uma diferencia essencial entre a idolatria e a veneração de imagens praticada na Igreja Católica, enquanto o idolatra atribui poderes divinos à imagem, o católico, por seu lado, reverencia-a, ou seja, nas imagens católicas não há divindade nem virtude devida pela qual devam ser adoradas, não se pode dirigir-lhes petições, não se deve depositar confiança nelas, a honra que a elas se atribui está referida somente a Cristo Jesus.

 

Todavia a culpa da idolatria, não deve ser avaliada somente pela sua natureza abstracta, a forma concreta que assume na consciência do pecador é o elemento realmente importante, nenhum pecado é mortal, se não foi cometido com claro conhecimento e livre determinação.

É razoável, cristão e caritativo, supor que os falsos deuses dos pagãos e dos primeiros aborígenes eram nas suas consciências, o único Deus verdadeiro que conheciam, e que a sua adoração, a ser correcta na sua intenção, se elevava ao Único Deus verdadeiro, juntamente com a dos judeus e os cristãos aos quais se lhes tinha revelado.



[i] ÉXODO 20: 3-5; DEUTERONÓMIO 4: 15-21; DEUTERONÓMIO 7: 25-26; LEVÍTICO 20: 1

Citações bíblicas onde Deus manda elaborar imagens:

ÉXODO 25: 10-22; NÚMEROS 21: 8-9; 1 REIS 6: 23-26

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