Culto das imagens: Católicos e Protestantes
Citações bíblicas manejadas
pelos protestantes para nos assinalar como idólatras: [i]
O
Catecismo de a Igreja Católica no seu número 2113 é bem explícito a este
respeito quando diz que a idolatria não se refere só aos cultos falsos do
paganismo, que é uma tentação constante da fé que consiste simplesmente em
divinizar o que não é Deus.
Há idolatria a partir do
momento em que o homem honra e reverencia uma criatura em lugar de Deus, trate-se
de outros deuses segundo crenças diferentes, trate-se de demónios segundo o
satanismo e o ocultismo em geral, trate-se do poder, do prazer, da raça, dos antepassados
ou do dinheiro entre outras tantas coisas que podem levar a considerar-se como deuses.
Segundo o Evangelista Mateus
não podemos servir ao mesmo tempo a Deus e o dinheiro com tudo o que isto
implica, não podemos dizer-nos católicos e ao mesmo tempo praticar a imagiologia
ou qualquer culto que tenha que ver com o ocultismo, não podemos dizer-nos católicos
e acreditar nas disciplinas orientais onde encontramos o Feng Shui, a Meditação
e os Chacras entre outros, não podemos dizer-nos católicos e ler literatura
protestante, não podemos dizer-nos católicos e rejeitar a Igreja Católica e o
que Cristo Jesus deixou nela para que fosse administrado pelos homens.
O próprio
Catecismo de a Igreja Católica no seu número 2112 recorda-nos que o primeiro mandamento
da lei de Deus condena o politeísmo e exige ao homem não ter outros deuses além
do Deus verdadeiro, por outro lado o numero 2114 do mesmo Catecismo, refere que
a vida humana se unifica na adoração do Único Deus, esse mandamento de adorar a
Único Senhor dá unidade ao homem e salva-o de uma dispersão definitiva, tal quer
dizer por outras palavras, que a idolatria é portanto uma perversão do sentido
religioso inato no homem.
Em conclusão
a idolatria consiste em pôr uma pessoa, coisa ou desejo acima de Deus, tirar a Deus
o lugar que só a Ele corresponde, e quando digo Deus refiro-me simplesmente a Deus
Trino, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Segundo
a Enciclopédia Católica, etimologicamente a palavra idolatria denota adoração
divina outorgada a uma imagem, mas o seu significado alargou-se a toda a adoração
divina outorgada a qualquer pessoa ou coisa diferente do único e verdadeiro Deus.
São
Tomás de Aquino trata a idolatria como uma espécie do género da superstição o que
é um vazio oposto à virtude da religião e consiste em dar honra divina a coisas
que não são Deus ou ao próprio Deus mesmo de uma maneira equívoca.
A nota específica da idolatria
é a sua directa oposição ao objecto primário da adoração Divina, é quando se confere
a uma criatura a reverência devida só a Deus.
Existe uma diferencia essencial
entre a idolatria e a veneração de imagens praticada na Igreja Católica, enquanto
o idolatra atribui poderes divinos à imagem, o católico, por seu lado,
reverencia-a, ou seja, nas imagens católicas não há divindade nem virtude devida
pela qual devam ser adoradas, não se pode dirigir-lhes petições, não se deve
depositar confiança nelas, a honra que a elas se atribui está referida somente a
Cristo Jesus.
Todavia
a culpa da idolatria, não deve ser avaliada somente pela sua natureza
abstracta, a forma concreta que assume na consciência do pecador é o elemento
realmente importante, nenhum pecado é mortal, se não foi cometido com claro conhecimento
e livre determinação.
É razoável, cristão e
caritativo, supor que os falsos deuses dos pagãos e dos primeiros aborígenes eram
nas suas consciências, o único Deus verdadeiro que conheciam, e que a sua adoração,
a ser correcta na sua intenção, se elevava ao Único Deus verdadeiro, juntamente
com a dos judeus e os cristãos aos quais se lhes tinha revelado.
[i] ÉXODO
20: 3-5; DEUTERONÓMIO 4: 15-21; DEUTERONÓMIO 7: 25-26; LEVÍTICO 20: 1
Citações bíblicas onde Deus manda
elaborar imagens:
ÉXODO 25: 10-22; NÚMEROS 21: 8-9; 1 REIS
6: 23-26
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