Caridade 2
Com a força da
caridade
A fé no amor de
Jesus Cristo conduz-nos a um descanso cheio de amor na Trindade Beatíssima.
Nada move tanto a amar como o saber-se amado por esse Deus que nos quer fazer
entrar na corrente trinitária do Seu Amor. Com a medida do nosso amor a Deus,
com a fé no Seu amor por todos e cada um, amamos os outros vendo neles pessoas
amadas por Deus. É a caridade que dá vida e força às obras; sem caridade, as
obras em favor dos outros reduzem-se a um altruísmo ou um egoísmo encoberto: ainda
que repartisse todos os meus bens e entregasse o meu corpo para me deixar
queimar, se não tenho caridade, de nada me aproveitaria. A caridade é paciente,
a caridade é amável; não és invejosa, não age com soberba, não se vangloria,
não é ambiciosa, não procura o seu, não se irrita, não leva em conta o mal, não
se alegra com a injustiça, compraz-se na verdade; tudo aguenta, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta (1 Cor 13,4-7).
Como chegar a essa
caridade? Não é possível amar a humanidade inteira – nós amamos todas as
almas, e não rejeitamos ninguém – se não for a partir da Cruz (São Josemaria, En
diálogo con el Señor, p. 146 (AGP, Biblioteca, P 09). Só a partir da
Cruz é possível amar a humanidade inteira. A cruz leva a esquecer-se de si
mesmo, o que por sua vez não é possível senão por amor a Deus, sabendo-nos
amados por Ele. «Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros.
Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros. Nisto conhecerão todos que
sois meus discípulos, se vos tendes amor uns aos outros» (Jo 13, 34-35).
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