Jesus Cristo esteve
disponível para todos: sabia dialogar com os seus discípulos, recorrendo a
parábolas, colocando-se ao seu nível – por exemplo, quando soluciona o problema
do imposto a César, não hesita em considerar Pedro como seu igual (cf. Mt 17, 27) . (Cf. Guillaume de
Saint-Thierry, Exposé sur le Cantique des Cantiques, 109, em Sources
Chrétiennes 82, 243) –, com as mulheres, santas ou mais afastadas de Deus, com os fariseus, com
Pilatos. O que interessa é chegar a desprender-se do próprio feitio, para ir ao
encontro dos outros. Desenvolve-se assim, por exemplo, uma certa capacidade de
acomodar-se aos outros, evitando deixar-se levar por obsessões ou manias;
descobrindo em cada pessoa o seu aspecto amável, o fulgor do amor divino;
bastando a cada um ser mais um entre os outros, em correspondência com o que se
está a celebrar na nossa casa ou no nosso país, também à luz do tempo
litúrgico, que marca o ritmo da nossa vida de filhos e filhas de Deus. Quem é
humilde vive atento aos que o rodeiam. Esta atitude é a base da boa educação e
manifesta-se em muitos pormenores, como, por exemplo, não interromper uma
conversa, um almoço ou um jantar, e menos ainda a oração mental, para atender o
telefone, salvo em caso de autêntica urgência. A caridade, finalmente, nasce no
“humus” – terra fértil – da humildade: A caridade é paciente, é
bondosa; a caridade não é invejosa, não é arrogante, não se ensoberbece. (1 Cor 13, 4).
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