Humildade para com
os outros
A humildade
leva-nos a aceitar a realidade que nos é dada, e em particular as pessoas que
nos são mais próximas pelas relações familiares, pelos vínculos da fé, pela
própria vida. Logo, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas
principalmente aos irmãos na fé (Gal 6,10). O Apóstolo ensina-nos a não nos cansarmos de exercitar uma caridade
ordenada. Aos que receberam o dom do baptismo, como nós, como não havemos de
vê-los como irmãos, filhos do mesmo Pai de bondade e misericórdia? A
humildade leva-nos pela mão a tratar o próximo da melhor forma: compreender
todos, conviver com todos, desculpar todos; não criar divisões nem barreiras;
comportarmo-nos - sempre! - como instrumentos de unidade ((São Josemaria,
Amigos de Deus, 233).
Quem é humilde,
desenvolve uma sensibilidade para os dons de Deus, tanto na sua própria vida
como na dos outros. Compreende que cada pessoa é um dom de Deus, e assim acolhe
todas as pessoas sem comparações nem rivalidades. Cada pessoa é única aos olhos
de Deus e contribui com coisas que os outros não podem dar. A humildade leva-o
a alegrar-se com a alegria dos outros, pelo facto de eles existirem e fazerem
parte da humanidade.
Quem é humilde aprende a ser mais um:
um entre outros. Neste sentido, a família tem um papel primordial: a criança
aprende a relacionar-se, a falar e a escutar; não é sempre o centro da atenção
entre os próprios irmãos e irmãs; aprende a agradecer, porque pouco a pouco
repara no que as coisas custam. Assim, com o passar do tempo, na altura de um
sucesso pessoal, verifica que muitas coisas foram possíveis pela dedicação dos
seus familiares e amigos, das pessoas que o cuidam, alimentando-o e dando-lhe o
calor do lar. Quem sou eu, para que me digam: “perdoa-me”? A humildade de quem
pede perdão, sendo talvez pessoa revestida de autoridade, é amável e
contagiosa. É-o entre esposos, entre pais e filhos, entre superiores e
colaboradores.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.