Ris-te porque te digo que tens "vocação
matrimonial"? - Pois é verdade: assim mesmo, vocação. Pede a S. Rafael que
te conduza castamente ao termo do caminho, como a Tobias. (Caminho, 27)
É muito importante que o sentido vocacional do
matrimónio nunca falte, tanto na catequese e na pregação como na consciência
daqueles a quem Deus quer levar por esse caminho, porque estão real e
verdadeiramente chamados a integrar-se nos desígnios divinos da salvação de
todos os homens.
Por isso, talvez não possa apresentar-se aos esposos
cristãos melhor modelo que o das famílias dos tempos apostólicos: o centurião
Cornélio, que foi dócil à vontade de Deus e em cuja casa se consumou a abertura
da Igreja aos gentios; Áquila e Priscila, que difundiram o cristianismo em
Corinto e em Éfeso, e que colaboraram no apostolado de São Paulo; Tabita, que
com a sua caridade assistiu aos necessitados de Jope... E tantos outros lares
de judeus e de gentios, de gregos e de romanos, nos quais lançou raízes a
pregação dos primeiros discípulos do Senhor.
Famílias que viveram de Cristo e que deram a
conhecer Cristo. Pequenas comunidades cristãs que foram centros de irradiação
da mensagem evangélica. Lares iguais aos outros lares daqueles tempos, mas
animados de um espírito novo que contagiava aqueles que os conheciam e com eles
conviviam. Assim foram os primeiros cristãos e assim havemos de ser os cristãos
de hoje: semeadores de paz e de alegria, da paz e da alegria que Cristo nos
trouxe. (Cristo que passa, 30)
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