A
razão mais íntima e mais fundamental da doutrina da Igreja (a respeito do
controle da natalidade) assenta, não na areia movediça das opiniões dos homens,
mas sim na revelação cristã e, designadamente, na revelação da paternidade
divina, Deus é Criador e é Pai, porque é Amor. [1] E o homem que foi
criado á imagem e semelhança de Deus, tem a missão, na terra, de defender e
avivar, em si mesmo, esta imagem e esta semelhança do Amor incriado - Deus.
Ora, amor verdadeiro e fecundo é o amor que expande e multiplica a vida, quer
natural (vida física e espiritual), quer sobrenatural (a graça santificante).
De outro modo, o amor seria estéril, o que, se a esterilidade é voluntária,
equivale a dizer que seria i contrário doa mor. Situa-se nesse falso amor,
voluntariamente estéril, a conjura
contra o direito de nascer.
A.
Veloso, BROTÉRIA, Vol. LXXIV, Fasc. 6, 1962, pag. 655
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