Tenho
andado a fazer o quê?
Na
véspera da recolecção trimestral, pareceu-me adequado este exame:
O
que tenho andado a fazer?
Pura
e simplesmente, tenho de responder, tenho cedido de forma absurda e disparatada
à preguiça!
Deixo-me
ficar na cama até a meio da tarde, não vou à Missa… sim, está bem… rezo as
orações do dia ocupando nisso mais ou menos quarenta e cinco minutos.
Os
planos que fiz na véspera… ficam para depois e vou andando assim todo o santo
dia inventando coisas para fazer como se fosse deveras importantes e
inadiáveis.
Não…
não estou contente! Parece-me que não tenho qualquer desculpa para tal e que
estou a abusar da minha “graça acumulada” pelas coisinhas boas que fui fazendo.
Estou
doente? Não sei, realmente não sei, porque não sei o que quero nem o que devo
fazer.
Por
outro lado, esta insatisfação apaga-se, pretendo eu, nas lágrimas – abundantes
– que me correm dos olhos sem eu saber porquê.
Saudades,
insatisfação, sentimento de “pouca coisa”... logo eu que sou tão forte, assertivo,
tão bom conselheiro e sabedor…
Fico-me
assim, na esperança que o Senhor me venha salvar de mim mesmo e das
complicações do meu carácter e dos meus sentimentos.
Tenho
uma certeza inabalável:
Amo-O
com todas as forças da minha alma e confio absolutamente no Seu julgamento
justo e misericordioso.
Parece-me
que este tipo de exame não resolve nada, é antes uma confissão contricta e
humilde e o reconhecimento do nada que sou, mas, isso, sabe-O Ele muito bem!
Não
me deixes!| Não me deixes!
(AMA,
reflexões, 15.03.2019)
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