A ti, que desmoralizas, repetir-te-ei uma coisa muito consoladora:
a quem faz o que pode, Deus não lhe nega a Sua graça. Nosso Senhor é Pai, e se
um filho lhe diz na quietude do seu coração: Meu Pai do Céu, aqui estou,
ajuda-me... Se recorre à Mãe de Deus, que é Mãe nossa, vai para a frente. Mas
Deus é exigente. Pede amor de verdade; não quer traidores. É preciso ser fiel a
essa luta sobrenatural, que é ser feliz na terra à força de sacrifício. (Via
Sacra, 10ª Estação, n. 3)
Recorrei semanalmente – e sempre que o necessiteis, sem dar lugar
aos escrúpulos – ao santo Sacramento da Penitência, ao sacramento do perdão
divino. Revestidos da graça, caminharemos por entre os montes e subiremos a
encosta do cumprimento do dever cristão, sem nos determos. Utilizando estes
recursos com boa vontade e rogando ao Senhor que nos conceda uma esperança cada
dia maior, possuiremos a alegria contagiosa dos que se sabem filhos de Deus: Se
Deus está connosco, quem nos poderá derrotar? Optimismo, portanto. Incitados
pela força da esperança, lutaremos para apagar a mancha viscosa que espalham os
semeadores do ódio e redescobriremos o mundo com uma perspectiva jubilosa,
porque saiu formoso e limpo das mãos de Deus, e restituir-lho-emos assim belo,
se aprendermos a arrepender-nos.
Cresçamos na esperança, que deste modo nos consolidaremos na fé,
verdadeiro fundamento das coisas que se esperam e prova das que não se vêem.
Cresçamos nesta virtude, que é suplicar ao Senhor que aumente a sua caridade em
nós, porque só se confia verdadeiramente no que se ama com todas as forças. E
vale a pena amar o Senhor. Vós haveis experimentado, como eu, que a pessoa
enamorada se entrega confiante, com uma sintonia maravilhosa, em que os
corações batem num mesmo querer. E que será o Amor de Deus? Não sabeis que
Cristo morreu por cada um de nós? Sim, por este nosso coração pobre, pequeno,
se consumou o sacrifício redentor de Jesus.
Frequentemente, o Senhor fala-nos do prémio que nos ganhou com a
sua Morte e Ressurreição. Vou preparar um lugar para vós. Depois que eu tiver
ido e vos tiver preparado o lugar, virei novamente e tomar-vos-ei comigo para
que, onde eu estou, estejais Vós também. O Céu é a meta do nosso caminho
terreno. Jesus Cristo precedeu-nos e ali, na companhia da Virgem e de S. José –
a quem tanto venero – dos Anjos e dos Santos, aguarda a nossa chegada. (Amigos
de Deus, 219–220)
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