08/03/2020

VIRTUDES – Prudência 8


É precisamente aqui que a relação íntima entre a prudência e a liberdade se pode apreciar melhor. Para pôr em prática o que se considerou conveniente, é necessário não nos deixarmos dominar pelo medo, pela preguiça, por nenhum laço que, em última análise, o egoísmo ou o orgulho nos lancem. Embora possa ser aconselhável saber aguardar conselhos e deliberações, logo que se tomou uma decisão, ela deve executar-se com rapidez e diligência. Aqui a palavra diligência (de diligo, amar) diz mais do que pode ser entendido na linguagem comum. Trata-se, neste caso, de actuar com prontidão, impelido pelo amor ao bem.

A medida justa

S. Josemaria procurou sempre transmitir duas atitudes em relação à prudência: a flexibilidade para saber adaptar-se a cada situação, sem ficar preso à rigidez de uma "casuística estéril" [11], que basicamente procede da soberba ou de um exacerbado medo de se enganar, e a disposição de rectificar: "não é prudente quem nunca se engana, mas quem sabe rectificar os seus erros" [12]. "Há coisas que fazes bem e coisas que fazes mal. Enche-te de alegria e de esperança pelas primeiras, e enfrenta-te, sem desânimo, com as segundas, para rectificares" [13].

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