É
precisamente aqui que a relação íntima entre a prudência e a liberdade se pode
apreciar melhor. Para pôr em prática o que se considerou conveniente, é
necessário não nos deixarmos dominar pelo medo, pela preguiça, por nenhum laço
que, em última análise, o egoísmo ou o orgulho nos lancem. Embora possa ser
aconselhável saber aguardar conselhos e deliberações, logo que se tomou uma
decisão, ela deve executar-se com rapidez e diligência. Aqui a palavra
diligência (de diligo, amar) diz mais
do que pode ser entendido na linguagem comum. Trata-se, neste caso, de actuar
com prontidão, impelido pelo amor ao bem.
A medida justa
S.
Josemaria procurou sempre transmitir duas atitudes em relação à prudência: a
flexibilidade para saber adaptar-se a cada situação, sem ficar preso à rigidez
de uma "casuística estéril" [11], que basicamente procede da soberba ou de um
exacerbado medo de se enganar, e a disposição de rectificar: "não é
prudente quem nunca se engana, mas quem sabe rectificar os seus erros" [12].
"Há coisas que fazes bem e coisas que fazes mal. Enche-te de alegria e de
esperança pelas primeiras, e enfrenta-te, sem desânimo, com as segundas, para
rectificares" [13].
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