VIA-SACRA
VIII
ESTAÇÃO
JESUS
CONSOLA AS FILHAS DE JERUSALÉM
Nós Vos adoramos e
bendizemos oh Jesus! Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
«Não choreis por mim» (Lc 23, 28)
diz o Divino Mestre.
Tu
não precisas, não procuras as nossas lágrimas pelo Teu sofrimento.
O que desejas, procuras
ansiosamente, é o nosso arrependimento, a nossa dor pelos pecados, pelos meus e
os de todos os homens.
São
esses pecados que Te trazem, Senhor, por esse caminho de dor e paixão.
Cada
passo que dás é um manancial de graças e misericórdia para todos nós.
Mas,
a mim, apesar de tudo, custa-me muito ver-te, assim, sem chorar eu também. Este
choro é uma manifestação de pesar, de contrição pelo mal que faço e pelo bem
que deixo de fazer.
Como posso ver o meu Senhor,
tropeçando, esmagado sob o peso do madeiro, subindo a íngreme ladeira do
Calvário da Sua Paixão?
E, imaginando esta cena, não
me comover até às lágrimas, não me estalar o coração de dor contrita.
Fico
abismado como puderam os homens, como posso eu, ser objecto de tão tremendo
meio de salvação.
Como
pude comportar-me de tal modo que o meu Senhor tivesse de chegar a tais
extremos para me salvar?
A
Tua misericórdia, não tem limites?
Sou
eu assim tão importante para Ti que Te sujeites a tal sacrifício?
Antes me dedicarei de todo o
coração, a tentar aliviar o peso da Tua Cruz, a atapetar o duro caminho do
Gólgota com as minhas boas obras.
Ajuda-me,
Senhor, a merecer a Tua Paixão, aceita os meus propósitos de emenda e ajuda-me
a cumpri-los escrupulosamente.
PN, AVM, GLP.
Senhor: Tem piedade de nós.
(AMA, Porto, Quaresma de 1983)
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