(Cfr. Lc 8, 49-56)
Às vezes não posso
deixar de reparar em algumas pessoas que, durante a Santa Missa, parecem estar
a rezar o Terço. É como se fossem ao cinema e, durante a projecção do filme,
tentassem ler um jornal.
Evidentemente que
não conseguem nenhuma das duas coisas: nem vêm o filme nem conseguem ler o
jornal.
Isto resulta numa
perda de tempo, uma despesa inútil, um disparate.
Na realidade, não
fazem mal a ninguém, excepto a si mesmos por terem gasto dinheiro inutilmente,
e não aproveitaram a projecção do filme nem a leitura do jornal.
Na Santa Missa
oiçamos, participemos com a maior atenção e devoção.
Na recitação do
Terço, sozinhos ou com outras pessoas, recitemos o Terço.
Tenhamos, pois, claro que, as nossas atitudes exteriores devem,
sempre, reflectir a nossa disposição interior.
Só assim podemos
ser coerentes.
Não há forma de
agradar a Deus sem coerência.
Peçamos à
Santíssima Virgem que nos ajude a ter sempre sãs e correctas disposições na
nossa alma e no nosso coração e que elas se reflictam nos nossos actos
externos.
As correctas
disposições são também as disposições de exame, de entrarmos dentro de nós
mesmos e vermos com cuidadoso detalhe a seriedade da nossa conduta, do nosso
comportamento.
Algumas vezes,
talvez, ao dar-nos conta do pouco que somos, das nossas misérias e
deficiências poderemos ser levados pensar que “não vale a pena”, que só um
milagre nos poderá salvar.
Quero
receber-te, Senhor, como se fosse um Santo, um Anjo, a Tua Santíssima Mãe! Sim,
é com essas mesmas disposições, humildade e abandono que desejo receber-te na
minha alma.
Temo bem, Senhor, que vás encontrar
pouco mais que isso: desejos... Mas, confio na Tua Bondade e Misericórdia para
os ir transformando em realidade.[1]
(AMA, reflexões).
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.