(Cfr. Lc 8, 49-56)
Queridos
irmãos e irmãs:
Este
Domingo, décimo segundo do tempo comum, está como «rodeado» por solenidades
litúrgicas significativas. Na Sexta-Feira passada, celebramos o Sagrado Coração
de Jesus, celebração que une acertadamente a devoção popular à profundidade
teológica. Era uma tradição, e em alguns países continua sendo, a consagração
ao Sagrado Coração por parte das famílias, que tinham uma imagem Sua nas suas
casas.
As
raízes desta devoção fundem-se no mistério da Encarnação: precisamente através
do Coração de Jesus se manifestou de maneira sublime o Amor de Deus pela
humanidade. Por este motivo, o autêntico culto ao Sagrado Coração mantém toda
sua validez e atrai especialmente as almas sedentas da misericórdia de Deus,
que nele encontram a fonte inesgotável da qual podem tirar a Água da Vida, capaz de regar os desertos
da alma e de fazer que volte a florescer a esperança.
A
solenidade do Sagrado Coração de Jesus é também a Jornada Mundial de Oração
pela Santificação dos Sacerdotes: aproveito a oportunidade para convidar todos
vós, queridos irmãos e irmãs, a rezarem sempre pelos sacerdotes, para que
possam ser testemunhas do amor de Cristo.
Ontem
a liturgia permitiu-nos celebrar a Natividade de São João Batista, o único
santo de quem se comemora o nascimento, pois marcou o início do cumprimento das
promessas divinas: Jesus é esse «profeta», identificado com Elias, que estava
destinado a preceder imediatamente o Messias para preparar o povo de Israel
para Sua vinda [2].
A sua festa recorda-nos que toda a nossa vida sempre está subordinada a Cristo
e que chega à sua realização acolhendo-O a Ele, Palavra, Luz e Esposo, de quem
nós somos vozes, lâmpadas e amigos [3].
«É preciso que ele cresça e que eu diminua» [4]:
esta expressão do Baptista constitui um programa para todo cristão.
Deixar
que o «eu» de Cristo tome o lugar de nosso «eu» foi de maneira exemplar o
anseio dos apóstolos Pedro e Paulo, que a Igreja venerará com solenidade no
próximo dia 29 de Junho. São Paulo escreveu de si mesmo: «não sou eu quem vive,
mas é Cristo que vive em mim» [5].
Antes deles e antes de qualquer outro santo, quem viveu esta realidade foi
Maria Santíssima, que conservou as palavras de seu Filho Jesus em seu coração.
Ontem contemplamos esse Seu Coração Imaculado, Coração de Mãe, que continua
velando com terna solicitude sobre todos nós. Que Sua intercessão nos permita
ser sempre fiéis à vocação cristã. [6]
(AMA, reflexões).
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