(Cfr. Lc 8, 49-56)
Tanto Jairo como a
hemorroíssa dão-nos um exemplo de fé na omnipotência de Cristo, pois, no caso
de Jairo, a sua filha estava em agonia, e a hemorroíssa, tinha já esgotado
todos os meios humanos possíveis para obter a cura do seu mal.
De modo parecido, o
cristão deve esperar a ajuda de Deus, que não lhe faltará para superar os
obstáculos que se oponham à sua santificação.
Ordinariamente, a
ajuda divina é-nos concedida de modo calado, mas não devemos duvidar que, se
fizer falta para a nossa salvação, Deus voltará a repetir estes milagres.
Tenhamos em conta,
não obstante, que o que o Senhor espera de nós, todos os dias, é que cumpramos
a Sua vontade.
Nenhum meio humano
a tinha conseguido curar; pelo contrário, acrescenta com realismo o Evangelho,
a doença tinha ido de mal em pior.
Aos sofrimentos
físicos - já doze anos -, acrescentava-se a vergonha de se sentir imunda segundo
a Lei.
No povo judeu era
considerada impura não só a mulher afectada de uma doença deste tipo, mas tudo
o que ela tocava.
Por isso, para não
ser notada pela gente, a hemorroíssa aproximou-se de Jesus por trás e tocou
apenas o Seu manto, por delicadeza.
A sua fé é
enriquecida por uma manifestação de humildade: a consciência de ser indigna de
tocar o Senhor.
«Tocou delicadamente
a orla do manto, aproximou-se com fé, creu e soube que tinha sido sarada...
Assim nós, se queremos ser salvos, toquemos com fé o vestido de Cristo». [2]
Da multidão que O
oprime, uma só pessoa Lhe tocou de verdade: esta doente; e não apenas com um
gesto, mas com a fé do seu coração.
Comenta Santo
Agostinho:
Necessitamos do
contacto com Jesus.
Ao receber na
Santíssima Eucaristia Jesus Cristo, realiza-se este contacto físico através das
espécies sacramentais.
Pela nossa parte
necessitamos de avivar a fé para que sejam proveitosos estes encontros em ordem
à nossa salvação. [5]
Jesus não quis que
estivessem presentes mais que estes três Apóstolos, número suficiente para que
o milagre fosse atestado segundo a Lei.
Além disso, os três
discípulos são os mais íntimos de Jesus, que depois estarão também a sós com
Ele na Transfiguração e na agonia no horto de Getsémani.
(AMA, reflexões).
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