(Cfr. Lc 8, 49-56)
Dizemos muitas
vezes que são “os outros”, o governo, os deputados, os ministros… e
esquecemo-nos que, na base de tudo, estamos nós – todos – os que levámos essas
pessoas aos lugares onde estão.
O que podemos
fazer?
Podemos fazer tudo
e devemos fazer tudo.
Começando pelo
princípio, votando em consciência nas pessoas que nos merecem crédito.
Nunca votar por
conveniência – mais vale votar neste, que é um mal menor, que votar naquele,
como de facto desejava – o que equivale a fazer depender a nossa opinião e
vontade de cálculos imponderáveis e “estratégias” absolutamente falíveis.
Muito menos, deixar
de votar, quer dizer, eximir-se de uma obrigação grave.
Esta atitude tem
sempre consequências devastadoras.
Quando se vê que
num país a abstenção é elevada – muitas vezes ultrapassa mais de metade da
população – é a mesma coisa que dizer que os eleitos governarão para essa
percentagem que os elegeu em detrimento ou desconsideração da outra parte.
Nunca se pode “servir a dois senhores”!
«As famílias, os grupos, os Estados, a própria Comunidade internacional,
necessitam de abrir-se ao perdão para restaurar os laços interrompidos, superar
situações estéreis de mútua condenação, vencer a tentação de excluir os outros,
negando-lhes a possibilidade de apelo.
A capacidade de perdão está na base de cada projecto de uma sociedade
futura mais justa e solidária.
Pelo contrário, a falta de perdão, especialmente quando alimenta o
prolongamento de conflitos, supõe custos enormes para o desenvolvimento dos
povos.
Os recursos são destinados para manter a corrida aos armamentos, as
despesas de guerra, as consequências das represálias económicas.
Acabam assim por faltar os recursos financeiros necessários para gerar
desenvolvimento, paz e justiça.
Quantos sofrimentos a humanidade padece por não saber reconciliar-se, e
quantos atrasos por não saber perdoar!
A paz é a condição do desenvolvimento, mas uma verdadeira paz torna-se
possível somente com o perdão.
A proposta do perdão não é de imediata compreensão nem de fácil aceitação;
é uma mensagem de certo modo paradoxal.
De facto, o perdão implica sempre uma aparente perda a curto termo, mas
garante, a longo prazo, um lucro real.
Com a violência é exactamente o contrário: opta-se por um lucro de
vencimento imediato, mas prepara para depois uma perda real e permanente.
À primeira vista, o perdão poderia parecer uma fraqueza, mas não: Tanto
para ser concedido quanto para ser aceite supõe uma força espiritual e uma
coragem moral a toda a prova.
Em vez de humilhar a pessoa, o perdão leva-a a um humanismo mais pleno e
mais rico, capaz de reflectir em si um raio do esplendor do Criador.». [1]
(AMA, reflexões).
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