(Cfr. Lc 8, 49-56)
Devemos ter bem
presente a lição desta pesca milagrosa sempre que nos decidirmos a qualquer
tarefa apostólica. Antes de falar com aquela pessoa, fazer aquele convite,
provocar aquele encontro no qual falaremos de Deus, também devemos dizer com
confiança:
In nomine Tuo!
No Teu Nome,
Senhor!
No Teu Nome vou
fazer isto ou aquilo; vou, conforme me
mandas, lançar a rede e, se houver pesca, entregar-ta-ei porque é Tua; não me
importa nada se já falei com aquele amigo várias vezes, se fiz tantos convites
e nenhum foi aceite, se só tenho conhecido insucesso e frustração, se pesquei toda a noite e não apanhei nada - não
me importa, talvez tenha feito as coisas por mim, para minha auto-satisfação ou
convencimento, quando as deveria ter feito por Ti e para Ti; se Tu me
escolheste, mesmo sabendo como sou, com os meus defeitos e as minhas fraquezas
é porque sabes que terei algum préstimo para levar a cabo os Teus desejos; como
não sou capaz, sozinho, com tanta responsabilidade, tanto trabalho que é
preciso fazer, chamarei outros - das barcas vizinhas - para que me ajudem a
trazer para os Teus pés a Tua pescaria.
Desta forma as
coisas ficam claras para nós e não teremos mais dúvidas sobre o que temos e
devemos fazer.
E esta clareza de
que falo é no fim e ao cabo, a certeza da necessidade da nossa união com Deus,
da atenção que teremos de manter, permanentemente, para O ouvirmos quando Ele
se juntar a nós, no nosso caminho diário, no local de trabalho, em casa, no
café, onde estivermos.
Só assim, com o
coração pronto e o espírito livre, o que Ele nos disser será ouvido por nós,
nos acalentará e nos levará a pedir-lhe:
‘Senhor, é tarde, cai a noite, fica connosco!’
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.