(Cfr. Lc 8, 49-56)
O
que eu quero e o que eu necessito.
Nem
sempre coincidem estas duas: O que eu quero e o que necessito.
A
dificuldade reside, quase sempre, na moderação e no critério, ou seja, a
moderação da vontade de ter e a avaliação do que realmente me faz falta.
Aparentemente
o que não tenho provoca uma vontade, um desejo de possuir e se não me detenho a
pensar se isso me é absolutamente necessário, indispensável para um fim que me
proponho, caio com facilidade num mero desejo de posse sem um motivo sério,
concreto, razoável.
Neste
caso, não parece muito apropriado endereçar a Deus esse desejo, essa vontade de
ter.
Sintética,
mas plenamente o Pai-Nosso resolve a questão: peço como o Senhor ensinou aquilo
que preciso.
Mas,
sendo assim, considerarei que o “resto” é supérfluo, desnecessário, não deve
englobar o pedido?
Não
me parece que seja exactamente assim porque o que agora parece a “a mais” pode
noutra circunstância não o ser e embora deva viver o dia-a-dia preparando o
futuro não cabe este tipo de “previsões” quando se tem confiança absoluta que
Deus é hoje e sempre um Pai atento às reais necessidades dos Seus filhos.[1]
Estar na escuridão é um prenúncio de morte:
«O povo que jazia nas trevas viu uma
grande luz, e a luz amanheceu aos que jaziam na zona caliginosa da morte.» [2]
Morte, dizia, que equivale a condenação, porque quem está na escuridão
exclui-se a si mesmo da possibilidade de salvação, que é o fim que
verdadeiramente se deve procurar.
«É esta a causa da condenação: veio a
Luz ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a Luz, pois eram más as
suas obras.» [3]
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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