(Cfr. Lc 8, 49-56)
Jesus tem uma forma muito Sua de lidar com estas situações.
Não as despreza, como seria, talvez, legítimo esperar, não as ignora,
porque são gritantes, não foge delas porque não tem medo nenhum do quer que
seja.
Olha as pessoas no fundo da alma.
O Seu olhar trespassa o coração e deixa o homem mudo e estático, varado
como que por um raio que com a sua luz ofuscante, põe às claras todos os
pensamentos mais recônditos e escondidos.
O mesmo olhar de recriminação triste e sentida com que vai olhar para Pedro
na noite da Paixão; o mesmo olhar de ternura filial com que encarará Sua Mãe no
início da Via Crucis; o mesmo olhar cheio de fulgor apostólico com que mirou
João e Pedro e Tiago e Mateus e os outros Sete; o mesmo olhar de amorosa
expectativa que dirigiu ao jovem rico.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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