14/12/2019

THALITA KUM 38


THALITA KUM 38 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Sim… estive parado muitas vezes na vera do caminho sem saber para onde ir ou, talvez, na esperança de não de ir a lado nenhum, de poder ficar quieto sem me preocupar com coisa nenhuma.
Não sinto grande dificuldade em acompanhá-lo, a Sua passada é firme, mas certa, sem hesitações.
Vejo, sinto, que conhece muito bem o caminho e, mais, sabe perfeitamente para onde vai. Sinto-me possuído como que de uma estranha segurança não obstante a incógnita do destino final. Ele, sinto-o, não Se engana, não pode enganar ninguém.
O interessante é que sendo um caminho a subir, cada vez para mais alto, não sinto o esforço que normalmente se sente quando se sobe.

Talvez se deva ao facto de a carga que me pôs nos ombros ser leve, muito leve… mesmo para a imensidão que representa.

Também não me sinto preso não obstante o jugo com que me cingiu o pescoço, sinal que me considera propriedade sua; porque é tão suave que não prende como um jugo autêntico, antes parece um elo de uma cadeia de amor e, por conseguinte, muito suave a e agradável.
Sinto-me bem.

Agi correctamente, tenho a certeza, em acolher o Seu chamamento, o Seu convite: Tu! Vem e segue-me!
Não sei porque me disse isto, porque me escolheu, há tantos como eu que esperam, alguns até sem o saberem, por um chamamento igual, por isso sinto-me privilegiado pela escolha.

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)

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