(Cfr. Lc 8, 49-56)
Conviver com Jesus
parece difícil, por vezes.
Não O vemos, não O
sentimos, não temos uma referência que nos desperte a necessidade de conviver
com Ele.
Ah! Mas a verdade,
é que temos tudo isso, só que, muitas vezes está bem guardado no mais fundo do
nosso coração. É necessário pôr o coração “de fora”, para que o possamos sentir
o seu latejar de amor pelo Mestre.
«Aqui está,
realmente, a dificuldade. A decisão de ganhar intimidade com Deus é, tem de
ser, algo sério e decisivo. Não pode ser tomada com ligeireza, num entusiasmo,
num momento de exaltação ou fervor espiritual. A intimidade com Deus é
pormo-nos, incondicionalmente, nas Suas mãos, disponíveis para o que Ele
quiser, como quiser e quando quiser, prontos para aceitar a Sua Vontade sobre
todas as coisas.
Isto pode parecer
muito exigente e, de facto é, mas se tivermos bem em conta a realidade da nossa
pessoa na sua relação com Deus, a nossa identidade superior a todas as outras
possíveis de encontrar na natureza, chegaremos á conclusão que o lugar certo
para estarmos é, sem qualquer dúvida, na intimidade do Criador.
«O céu
não foi feito à imagem de Deus, nem
a lua, nem o sol, nem a beleza das estrelas, nem nada do que aparece na
criação. Só tu (alma humana) foste feita à imagem da
natureza que supera toda inteligência, semelhante à
beleza incorruptível, marca da verdadeira divindade, espaço de vida
bem-aventurada, imagem da verdadeira luz, e ao contemplar-te convertes-te no
que Ele é, pois por meio do raio reflectido que provém de tua pureza tu imitas
aquele que brilha em ti. Nada do que existe é tão grande que possa ser
comparado à tua grandeza.» [1]
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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