11/12/2019

THALITA KUM 35


THALITA KUM 35 

(Cfr. Lc 8, 49-56)



Conviver com Jesus parece difícil, por vezes.

Não O vemos, não O sentimos, não temos uma referência que nos desperte a necessidade de conviver com Ele.
Ah! Mas a verdade, é que temos tudo isso, só que, muitas vezes está bem guardado no mais fundo do nosso coração. É necessário pôr o coração “de fora”, para que o possamos sentir o seu latejar de amor pelo Mestre.

«Aqui está, realmente, a dificuldade. A decisão de ganhar intimidade com Deus é, tem de ser, algo sério e decisivo. Não pode ser tomada com ligeireza, num entusiasmo, num momento de exaltação ou fervor espiritual. A intimidade com Deus é pormo-nos, incondicionalmente, nas Suas mãos, disponíveis para o que Ele quiser, como quiser e quando quiser, prontos para aceitar a Sua Vontade sobre todas as coisas.
Isto pode parecer muito exigente e, de facto é, mas se tivermos bem em conta a realidade da nossa pessoa na sua relação com Deus, a nossa identidade superior a todas as outras possíveis de encontrar na natureza, chegaremos á conclusão que o lugar certo para estarmos é, sem qualquer dúvida, na intimidade do Criador.

«O céu não foi feito à imagem de Deus, nem a lua, nem o sol, nem a beleza das estrelas, nem nada do que aparece na criação. Só tu (alma humana) foste feita à imagem da natureza que supera toda inteligência, semelhante à beleza incorruptível, marca da verdadeira divindade, espaço de vida bem-aventurada, imagem da verdadeira luz, e ao contemplar-te convertes-te no que Ele é, pois por meio do raio reflectido que provém de tua pureza tu imitas aquele que brilha em ti. Nada do que existe é tão grande que possa ser comparado à tua grandeza.» [1]

(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)



[1] S. Gregório de Nissa, «Homilia in Canticum 2, PG 44, 805D.

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