(Cfr. Lc 8, 49-56)
Esta é uma situação, que, seguindo a
cronologia de S. Lucas, muito se assemelha a outra de há tempos atrás.
Nessa altura fora um Centurião a
implorar pelo seu servo doente.
Não se achara digno de comparecer
ante Jesus e, assim pedira por interpostas pessoas.
Fez mais, declarou expressamente ao
Mestre que se sentia indigno de O receber em sua casa,
mas que sabia que bastaria uma palavra Sua para se cumprir o que desejava.
Jesus ficou admirado com a sua fé e fez o que lhe pedia.[1]
Agora o que se passa é mais grave. Jesus sabe muito bem que a filha de
Jairo já morreu.
Pode, se quiser, devolvê-la à vida em qualquer momento, em não importa que
local, mas encontra uma ocasião propícia para edificar o povo que O seguia e,
talvez principalmente, os três discípulos que convocará para O acompanharem.
Estes três escolhidos terão sempre um lugar muito particular nos grandes
momentos da vida pública de Jesus.
Muito provavelmente teriam estado nas bodas de Caná – era usual os “rabis”
fazerem-se acompanhar de alguns dos seus discípulos mais chegados -, talvez, na
altura, não se tivessem dado bem conta do portentoso milagre que, a instâncias
de Sua Mãe, Jesus operou.
Por uma razão simples e muito humana, poder-se-ia dizer: “salvar a face”
dos noivos aflitos com a falta de vinho.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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