(Cfr. Lc 8, 49-56)
Muito admirados terão ficado os que O rodeavam ao verem o
novo rumo do caminho de Jesus.
Os mais próximos ter-se-ão dado conta da sua atitude perante
Jairo, ouvido a sua interpelação suplicante e confiada. Não ouvindo resposta
alguma do Mestre, mas tão só a Sua pronta decisão de ir com Jairo, deverão ter
entendido que o Coração de Jesus fora profundamente tocado a satisfazer o que
Lhe pedia. Alguns terão guardado este exemplo de como abordar o Mestre. Todos
têm algo que Lhe pedir, talvez… nem saibam bem o quê porque sofrem tantas
necessidades, sentem tantas carências. Sabem que Ele é o refúgio, o consolo, a
solução e, também, ficaram a saber, pela atitude de Jairo, como obter tudo
isso.
«A nossa petição não se dirige a mudar a vontade divina, mas
a obter o que já tinha disposto que nos concederia se Lho pedíssemos. Por isso
é necessário pedir ao Senhor incansavelmente, pois não sabemos qual é a
«medida» da oração que Deus espera que «enchamos» para nos outorgar o que quer
dar-nos». [1]
O mistério da oração tem-nos sempre suspensos como que numa
espécie de limbo nebuloso. Eu penso, quero confiar no Senhor e, por isso, rezo,
mas, cá no meu íntimo, sei que não mereço nada e que a minha oração, muito
provavelmente, não será ouvida.
Que mal estaríamos, se o Senhor só ouvisse as orações dos
que têm algum merecimento…!
Eu sei, também, que o próprio Jesus insistiu, tantas vezes,
em que rezássemos continuamente, sem desfalecer.
Deu-nos exemplos que constam nos Evangelhos.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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