(Cfr. Lc 8, 49-56)
Desde sempre o mar atrai o ser humano talvez pelo que
encerra de mistério e desconhecido.
Constitui um desafio que está ali, poderosamente presente
aguardando que alguém se aventure à descoberta do que esconde.
E o que é a nossa vida senão um navegar num oceano
desconhecido onde a cada momento precisamos acertar o rumo, corrigir a rota,
guiando-nos pela bússola que nos indica o porto onde queremos chegar.
Há muitíssimos
portos que, aparentemente, podem parecer-nos atraentes, interessantes.
Talvez, até,
adequados àquilo que costumamos chamar “a nossa maneira de ser”.
Vamos por ali,
navegando como sabemos e podemos, determinados, umas vezes, outras,
tergiversando, lutando contra os ventos e as marés, as tempestades ou as faltas
de vento que enfunem as velas da nossa esperança.
Consideramo-nos
marinheiros experimentados, sabendo muito bem como fazer para chegar ao porto?
Temos a certeza que
os meios que usamos são os mais adequados, em cada momento e circunstância,
para atingir o nosso fim?
Não seria muito
melhor deixar nas mãos de Cristo o leme da nossa barca?
Ele sabe como fazer
– sempre – para levar essa barca, que é a nossa vida, pelas águas mais
tranquilas, pelo rumo mais certeiro, com os ventos mais favoráveis.
Nas borrascas,
estará firme no Seu posto, no cansaço da luta não Se deixará vencer nem pela
fadiga nem pelo desânimo.
No fim e ao cabo,
Ele, é o Caminho!
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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