(Cfr. Lc 8, 49-56)
O Filho não diz nada.
Apercebo-me sem dificuldade que faz todo o sentido a
presença da Mãe.
De facto, ela tem muito a ver com tudo o que se passa
com a humanidade. Afinal todos os homens – por vontade expressa do Filho -
somos seus filhos.
Mas também tem muito a ver com o mar porque é Guia dos
Navegantes; a Stela Maris; a segurança – iter
para tuto (guia de um caminho seguro) -.
A sua vida depois que o Filho começou a ingente tarefa
que O trouxe ao mundo foi passada entre pescadores, homens do mar, gente habituada
aos “altos e baixos” da profissão, das pescas abundantes e dos malogros das
redes vazias.
Sabe do que falam, conhece o que desejam, consola-os e
anima-os a prosseguir.
Tal como o Filho também ela lhes diz: «Duc in altum», fazei-vos ao largo onde a
pesca será mais abundante e compensadora do esforço despendido.
Não vai com eles nas barcas, mas fica em terra, na
praia, pensando neles, pedindo insistentemente ao Filho que os guie, os proteja
que os ventos e as ondas não se tornem perigos insuperáveis.
Mas, se acaso, soçobram ou estão prestes a sucumbir
porque ou perderam os remos ou as velas e estão à deriva num mar desconhecido
apressa-se a socorrê-los.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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