THALITA KUM 4
(Cfr. Lc 8, 49-56)
‘Morri’!!!
Sonhei com a minha morte e, de certa forma bizarra, percebi que estava a ficar preocupado com algo que, sei, vai acontecer: o “interrogatório” que o Senhor me fará!
O que vou responder?
Como vou responder?
Penso que poderia usar um pequeno (grande) “truque” e usar as palavras de Pedro:
«Tu, Senhor, Tu sabes tudo! Porque me interrogas?»
Mas, talvez, Ele vá insistir em obter respostas concretas.
Tenho ali, a meu lado, o meu Anjo da Guarda e olho para ele num apelo mudo e um pouco aflito.
Inclina-se sobre o meu ombro e segreda-me: ‘Ne timeas…’
Assim, de repente, penso que isso é bem fácil de dizer, mais a mais a um Anjo:
Não temas!
Grande coisa!!!
Não tive tempo de lhe explicar que não tenho medo, sim… na verdade, não tenho medo!
Tenho a convicção absoluta que este chamamento final, derradeiro, do Senhor se deve à Sua Misericórdia.
Muito provavelmente terá decidido fazê-lo pensando:
‘Chamemos este desgraçado antes que faça mais disparates!!!’
Ou seja… provavelmente não estava “pronto”, quero dizer, não tinha tudo em ordem, arrumado, muito certinho… seria só chegar ali e mostrar-me, abrir o livro e… pronto…
Mas… não!
O livro é Ele Quem o tem nas Suas mãos.
Tem setenta e tal páginas escritas em letra bem nítida e compreensível.
Consigo ver muitos pontos de exclamação e, isto, preocupa-me um pouco porque não sei se se devem a uma apreciação positiva ou negativa.
(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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