(Cfr. Lc 8, 49-56)
Jairo não sabe nada
destas coisas, sabe apenas que, aquele Homem em frente do qual se prostra é a
sua única esperança naquela grande aflição.
Reconhece, assim, a
Omnipotência de Jesus e, por causa deste reconhecimento que é já, em si mesmo,
uma graça de Deus, toma a atitude de entrega, de submissão, de profundo
respeito por Quem, sabe no íntimo do seu coração de pai amargurado, pode salvar
a sua filha.
Jesus tem de se
deter junto daquele homem que se ajoelha aos Seus pés.
A conversa
interrompe-se, faz-se silêncio na multidão próxima, todos ficam expectantes do
que se vai seguir.
Jairo explica,
certamente com um acento de ansiedade:
Jesus entende muito
bem a mensagem. Nela, Jairo, diz tudo quanto quer, o que precisa, o que deseja
do Mestre. Diz o que o traz ali, à Sua presença, a urgência que o impele, a
gravidade da situação que o consome e, com total confiança, faz o pedido,
simples, concreto, objectivo.
É assim que devemos
rezar.
Não nos ficarmos
por “generalidades”.
Como as crianças,
dizer exactamente o que desejamos, pedir o que queremos, abrir a alma e o
coração sem medos nem receios. Como as crianças – Pai, quero isto, quero aquilo
–, sem rodeios nem falsas razões. O Senhor
sabe muito bem o que precisamos e o que é melhor para nós e nunca deixará de
nos ouvir como desejamos ser ouvidos. Dar-nos o que pedimos depende da Sua
Vontade e do bem que o que pedimos pode, ou não, ser para nós. Mas, Ele, sabe
mais, sempre, fará o que é melhor para nós.
‘Sei que farás
sempre melhor que aquilo que Te peço. Aceito a Tua Vontade Santa sobre todas as
coisas. Ámen’
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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