(Cfr. Lc 8, 49-56)
Porque têm algumas
pessoas de tocar o real e verdadeiro Corpo de Jesus com as suas mãos?
Bem sei que a
Igreja o permite, e que é uma prática quase usual em alguns lugares. (O
sacerdote tem as mãos ungidas exactamente para poder administrar os
sacramentos, tocar a hóstia consagrada.)
Considero,
portanto, esta prática, um excesso de familiaridade, aliás inútil e
dispensável.
A comunhão deve ser
um acto íntimo e respeitoso, feito com decoro e compenetração. Diria até, com
cerimónia.
Trata-se de Deus
Nosso Senhor, Criador dos Céus e da Terra e de todas as coisas visíveis e
invisíveis.
O respeito, nunca
demasiado, pelas coisas sagradas e, sobretudo, pela Sagrada Eucaristia, deve
ser uma atitude permanente em nós e deveríamos esforçar-nos para o fazer também
sentir aos outros.
Lembra-me de
antigamente se comungar de joelhos, que é a atitude natural de recolhimento
interior e respeito do homem para com Deus.
Os tempos são
outros, evidentemente, e a prática comum hoje em dia é comungar-se de pé.
No entanto, não
podemos, nem devemos transigir com novas práticas, - a menos que a Santa Igreja
assim o recomende -, com facilidades ou, como dizia, familiaridades, sob pena
de a Sagrada Comunhão se ir tornando uma coisa banal e corriqueira em vez de um
acto profundamente reflectido e de extraordinária importância.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
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