Quanto ao episódio
do Getsémani, São Tomás explica:
“O conforto
recebido do anjo não se deu a modo de instrução, mas para manifestar a
veracidade da Sua natureza humana” (Suma Teológica III, q.12, a. 4, ad 1).
Pode dizer-se que o
anjo proporcionou reconforto moral à alma de Nosso Senhor, tão sensível às
manifestações de afeição quanto aos abandonos, traições e ultrajes. O papel do
anjo, portanto, nem foi nem poderia ser o de Lhe propiciar “iluminação”, mas o
de reanimar a Sua coragem humana.
O mensageiro
celeste teria evocado, por exemplo, as virtudes magníficas que germinariam do
Sangue Divino e os frutos abundantes que brotariam do Seu sacrifício, como os
cortejos de virgens, mártires, confessores e amigos fiéis que teriam por Ele um
amor sincero e ardente, e que se esforçariam ao máximo para oferecer ao Mestre
uma reparação amorosa por tantos sofrimentos e feridas.
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