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Na Igreja está a nossa
salvação
Não
podemos esquecer que a Igreja é muito mais do que um caminho de salvação: é o
único caminho.
Ora
isto não foi inventado pelos homens, mas foi Cristo quem assim dispôs:
o que crer e for
baptizado, será salvo; o que, porém, não crer, será condenado.
Por
isso se afirma que a Igreja é necessária, com necessidade de meio, para nos
salvarmos.
Já
no século II Orígenes escrevia:
se alguém quer salvar-se,
venha a esta casa, para que possa consegui-lo... que ninguém se engane a si
mesmo: fora desta casa, isto é, fora da Igreja, ninguém se salva.
E
S. Cipriano:
se alguém tivesse escapado
(do dilúvio) fora da arca de Noé, então
poderíamos admitir que quem abandona a Igreja pode escapar da condenação.
Extra Ecclesiam, nulla
salus.
É
o aviso contínuo dos Padres: fora da
Igreja católica pode encontrar-se tudo - admite Santo Agostinho - menos a salvação.
Pode ter-se honra, pode
haver Sacramentos, pode cantar-se o "aleluia", pode responder-se
"ámen", pode defender-se o Evangelho, pode ter-se fé no Pai, no Filho
e no Espírito Santo e, inclusivamente, até pregá-la.
Mas nunca, se não for na
Igreja católica, pode encontrar-se a salvação.
No
entanto, como se lamentava Pio XII há pouco mais de vinte anos, alguns reduzem
a uma fórmula vã a necessidade de pertencer à Igreja verdadeira para alcançar a
salvação eterna.
Este
dogma de fé integra a base da actividade corredentora da Igreja, é o fundamento
da grave responsabilidade apostólica dos cristãos. Entre os mandatos expressos
de Cristo determina-se categoricamente o de nos incorporarmos no Seu Corpo
Místico pelo Baptismo.
E
o nosso Salvador não só promulgou o mandamento de que todos entrassem na
Igreja, mas estabeleceu também que a Igreja fosse meio de salvação, sem a qual
ninguém pode chegar ao reino da glória celestial.
É
de fé que quem não pertence à Igreja não se salva; e que quem se não baptiza
não ingressa na Igreja.
A
justificação, depois da promulgação do Evangelho, não pode verificar-se sem o
lavacro da regeneração ou o seu desejo, estabelece o Concilio de Trento.
SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
(cont)
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