AUGUSTISSIMAE
VIRGINIS MARIAE
DE SUA SANTIDADE
PAPA LEÃO XIII
3 –
A Confraria do Rosário
6.
Ora, entre essas associações não hesitamos em dar um lugar eminente à confraria
que toma o nome do Santo Rosário.
Com
efeito, se se considerar a sua origem, ela figura entre as mais antigas;
porquanto é fama que a haja fundado o próprio Patriarca S. Domingos; depois, se
se lhe considerarem os privilégios, ela é riquíssima deles pela munificência
dos Nossos Predecessores.
Por
último, forma e como que alma dessa instituição é o Rosário mariano, cuja
eficácia já havemos, em outras circunstâncias, longamente tratado.
Eficácia
do Rosário recitado em comum
7.
Mas a eficácia e o valor do Rosário aparecem ainda maiores se o considerarmos
como um dever imposto à confraria que dele tira o nome.
Na
verdade, ninguém ignora o quanto é necessária para todos a oração, não porque
com ela se possam modificar os divinos decretos, mas porque, como diz S.
Gregório:
"Os
homens, com a oração, merecem receber aquilo que Deus omnipotente desde a
eternidade decidiu dar-lhes" [1].
E
S. Agostinho acrescenta:
E
a oração justamente alcança a sua eficácia máxima em impetrar o auxílio do Céu,
quando é elevada publicamente, com perseverança e concórdia, por muitos fiéis
que formem um só coro de suplicantes.
Isto
resulta evidente dos Actos dos Apóstolos, onde se diz que os discípulos de
Cristo, à espera do Espírito Santo prometido, "perseveravam unânimes na oração" [3].
Os
que oram deste modo certissimamente obterão sempre o fruto da sua oração.
E
isto justamente se verifica entre os confrades do Santo Rosário.
Com
efeito, assim como a oração do Ofício divino feita pelos sacerdotes é uma
oração pública e contínua, e por isso eficacíssima; assim também, em certo
sentido, é pública, contínua e comum a oração dos confrades do Rosário:
definido este, em razão disto, por alguns Pontífices Romanos, "O Breviário da Virgem".
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