É
Jesus Nosso Senhor que o quer: é preciso segui-lo de perto. Não há outro
caminho. Esta é a obra do Espírito Santo em cada alma – na tua – e tens de ser
dócil, para não pôr obstáculos ao teu Deus. (Forja, 860)
Para
pôr em prática, ainda que seja de um modo muito genérico, um estilo de vida que
nos anime a conviver com o Espírito Santo – e, ao mesmo tempo com o Pai e o
Filho – numa verdadeira intimidade com o Paráclito, devemos firmar-nos em três
realidades fundamentais: docilidade – digo-o mais uma vez – vida de oração,
união com a Cruz.
Em
primeiro lugar, docilidade – porque é o Espírito Santo que, com as suas
inspirações, vai dando tom sobrenatural aos nossos pensamentos, desejos e
obras. É Ele que nos impele a aderir à doutrina de Cristo e a assimilá-la em
profundidade; que nos dá luz para tomar consciência da nossa vocação pessoal e
força para realizar tudo o que Deus espera de nós. Se formos dóceis ao Espírito
Santo, a imagem de Cristo ir-se-á formando, cada vez mais nítida, em nós e
assim nos iremos aproximando cada vez mais de Deus Pai. Os que são conduzidos
pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
Se
nos deixarmos guiar por esse princípio de vida, presente em nós, que é o
Espírito Santo, a nossa vitalidade espiritual irá crescendo e
abandonar-nos-emos nas mãos do nosso Pai Deus, com a mesma espontaneidade e
confiança com que um menino se lança nos braços do pai. Se não vos tornardes
como meninos, não entrareis no Reino dos Céus, disse o Senhor. É este o antigo
e sempre actual caminho da infância espiritual, que não é sentimentalismo nem
falta de maturidade humana, mas sim maioridade sobrenatural, que nos leva a
aprofundar as maravilhas do amor divino, reconhecer a nossa pequenez e a
identificar plenamente a nossa vontade com a de Deus. (Cristo
que passa, 135)
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