Cartas de São Paulo
Rm 2 cont
Ser circuncidado não garante a
salvação
25A circuncisão é, de facto, proveitosa, se pões a Lei em prática. Mas se
és um transgressor da Lei, então a tua circuncisão passa a ser incircuncisão.
26Se, portanto, quem não é circuncidado observa os preceitos da Lei, não deverá
a sua incircuncisão ser considerada como circuncisão? 27E ele, que, não sendo
fisicamente circuncidado, cumpre a Lei, há-de julgar-te a ti que, com a letra
da Lei e a circuncisão, és um transgressor da Lei. 28É que não é aquele que o
manifesta exteriormente que é judeu, nem a circuncisão é aquela que se manifesta
exteriormente na carne. 29Mas aquele que o é no íntimo, esse sim é que é judeu,
e a circuncisão que conta é a do coração, operada pelo Espírito e não por causa
da letra da Lei. Esse é que merece louvor, não dos homens, mas de Deus.
1Que vantagem têm então os judeus? Ou que utilidade tem a circuncisão?
2Muita, em todos os aspectos! Em primeiro lugar, porque lhes foram confiadas as
palavras de Deus. 3Que importa, então, se alguns foram infiéis? Irá,
porventura, a infidelidade deles anular a fidelidade de Deus? 4De maneira
nenhuma! Fique claro que Deus é verdadeiro, mesmo que todo o homem seja falso!
Tal como está escrito:
Para que te
mostres justo nas tuas palavras
e saias
vitorioso no litígio que houver contigo.
5Mas, se a nossa injustiça faz com que se manifeste a justiça de Deus,
que diremos? Não estará Deus a ser injusto, ao aplicar-nos a sua ira? Isto
digo-o segundo critérios humanos. 6De maneira nenhuma! Senão, como poderia Deus
julgar o mundo?
7Mas, se foi devido à minha falsidade que a verdade de Deus tanto se
evidenciou para sua glória, porque hei-de eu então, ainda por cima, ser
condenado como pecador? 8Não será mesmo de agir conforme aquilo que certa gente
caluniosamente afirma termos dito: «Façamos
o mal, para que venha o bem?» É gente que justamente merece a condenação.
Todos são pecadores - 9Afinal qual é a conclusão? Temos ou não vantagem
alguma sobre os outros? Absolutamente nenhuma! Foi exactamente a acusação que
acabámos de fazer: judeus e gregos, todos estão sob o domínio do pecado.
10Assim está escrito:
Não há justo
algum, nem um sequer.
11Não há quem
seja sensato,
não há quem
procure a Deus.
12Todos se
extraviaram, todos se corromperam.
Não há quem
faça o bem,
não há um
sequer.
13Sepulcro
aberto é a sua garganta,
com a sua
língua espalhavam enganos;
há nos seus
lábios veneno de serpente.
14A sua boca
está cheia de maldição e azedume.
15Velozes são
os seus pés para derramar sangue;
16há
devastação e miséria pelos seus caminhos,
17e o caminho
da paz, não o conheceram.
18Não há temor
de Deus diante dos seus olhos.
19Ora, nós sabemos que tudo o que a Lei diz, é dito para os que estão sob
a Lei, a fim de que toda a língua se cale, e todo o mundo se reconheça culpado
diante de Deus. 20Pois, pelas obras da Lei, ninguém será justificado diante
dele. De facto, pela Lei só se chega ao reconhecimento do pecado.
Deus
salva-nos pela morte de Cristo
21Mas agora foi sem a Lei que se manifestou a justiça de Deus, testemunhada
pela Lei e pelos Profetas: 22a justiça que vem para todos os crentes, mediante
a fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma: 23todos pecaram e estão
privados da glória de Deus. 24Sem o merecerem, são justificados pela sua graça,
em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. 25Deus ofereceu-o para, nele,
pelo seu sangue, se realizar a expiação que actua mediante a fé; foi assim que
ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora, 26no tempo
da divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque
Ele é justo e justifica quem tem fé em Jesus.
27Onde está, pois, o motivo para alguém se gloriar? Foi excluído! Por
qual lei? Pela das obras? De modo nenhum! Mas pela lei da fé. 28Pois estamos
convencidos de que é pela fé que o homem é justificado, independentemente das
obras da lei. 29Será Deus apenas Deus dos judeus? Não o é também dos gentios?
Sim, Ele é também Deus dos gentios, 30uma vez que há um só Deus. É Ele que
há-de justificar pela fé os circuncidados, e os não-circuncidados, mediante a
fé.
31Quer isso dizer então que, com a fé, anulamos a Lei? De maneira
nenhuma! Pelo contrário, confirmamos a Lei.
Rm 3
Será Deus
infiel à sua palavra?
1Que vantagem têm então os judeus? Ou que utilidade tem a circuncisão?
2Muita, em todos os aspectos! Em primeiro lugar, porque lhes foram confiadas as
palavras de Deus. 3Que importa, então, se alguns foram infiéis? Irá,
porventura, a infidelidade deles anular a fidelidade de Deus? 4De maneira
nenhuma! Fique claro que Deus é verdadeiro, mesmo que todo o homem seja falso!
Tal como está escrito:
Para que te
mostres justo nas tuas palavras
e saias
vitorioso no litígio que houver contigo.
5Mas, se a nossa injustiça faz com que se manifeste a justiça de Deus,
que diremos? Não estará Deus a ser injusto, ao aplicar-nos a sua ira? Isto
digo-o segundo critérios humanos. 6De maneira nenhuma! Senão, como poderia Deus
julgar o mundo?
7Mas, se foi devido à minha falsidade que a verdade de Deus tanto se
evidenciou para sua glória, porque hei-de eu então, ainda por cima, ser
condenado como pecador? 8Não será mesmo de agir conforme aquilo que certa gente
caluniosamente afirma termos dito: «Façamos o mal, para que venha o bem?» É
gente que justamente merece a condenação.
Todos são pecadores - 9Afinal qual é a conclusão? Temos ou não vantagem
alguma sobre os outros? Absolutamente nenhuma! Foi exactamente a acusação que
acabámos de fazer: judeus e gregos, todos estão sob o domínio do pecado.
10Assim está escrito:
Não há justo
algum, nem um sequer.
11Não há quem
seja sensato,
não há quem
procure a Deus.
12Todos se
extraviaram, todos se corromperam.
Não há quem
faça o bem,
não há um
sequer.
13Sepulcro
aberto é a sua garganta,
com a sua
língua espalhavam enganos;
há nos seus
lábios veneno de serpente.
14A sua boca
está cheia de maldição e azedume.
15Velozes são
os seus pés para derramar sangue;
16há
devastação e miséria pelos seus caminhos,
17e o caminho
da paz, não o conheceram.
18Não há temor
de Deus diante dos seus olhos.
19Ora, nós sabemos que tudo o que a Lei diz, é dito para os que estão sob
a Lei, a fim de que toda a língua se cale, e todo o mundo se reconheça culpado
diante de Deus. 20Pois, pelas obras da Lei, ninguém será justificado diante
dele. De facto, pela Lei só se chega ao reconhecimento do pecado.
Deus
salva-nos pela morte de Cristo
21Mas agora foi sem a Lei que se manifestou a justiça de Deus, testemunhada
pela Lei e pelos Profetas: 22a justiça que vem para todos os crentes, mediante
a fé em Jesus Cristo. É que não há diferença alguma: 23todos pecaram e estão
privados da glória de Deus. 24Sem o merecerem, são justificados pela sua graça,
em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. 25Deus ofereceu-o para, nele,
pelo seu sangue, se realizar a expiação que actua mediante a fé; foi assim que
ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora, 26no tempo
da divina paciência. Deus mostra assim a sua justiça no tempo presente, porque
Ele é justo e justifica quem tem fé em Jesus.
27Onde está, pois, o motivo para alguém se gloriar? Foi excluído! Por
qual lei? Pela das obras? De modo nenhum! Mas pela lei da fé. 28Pois estamos
convencidos de que é pela fé que o homem é justificado, independentemente das
obras da lei. 29Será Deus apenas Deus dos judeus? Não o é também dos gentios?
Sim, Ele é também Deus dos gentios, 30uma vez que há um só Deus. É Ele que
há-de justificar pela fé os circuncidados, e os não-circuncidados, mediante a
fé.
31Quer isso dizer então que, com a fé, anulamos a Lei? De maneira
nenhuma! Pelo contrário, confirmamos a Lei.
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