11/12/2018

Reflexão - Vocação ao OPUS DEI


Vocação ao OPUS DEI

Muitas vezes nos defrontamos com opiniões pessoais que de alguma forma entram em conflito com as atitudes de compromisso que assumimos – livremente, é claro – porque por variadíssimas razões – sempre assentes nalguma razão pessoal – consideramos que aquilo que nos diz respeito está ultrapassado e, até, já não tem razão de ser.
E encontramos sempre uma “justificação” para tal: se fulano que instituiu estes preceitos fosse vivo seguramente já o teria alterado no sentido – que pensamos seria o adequado –“às realidades do nosso tempo.”

Esta é, frequentemente, uma reacção que não deixa por isso de ser válida e até lógica, de quem ao longo dos anos se habituou a práticas e costumes que, a partir de um determinado momento, começa a pôr em causa.
Tenho para mim que, um Fundador de alguma ordem ou regra religiosa, escreveu o que escreveu, instituiu o que instituiu em circunstâncias determinadas no temo e na sociedade do momento.
Vou mais longe – talvez – nunca lhe terá ocorrido o estabelecer regras ou princípios, “para todo o sempre”, mas, repito, em circunstâncias e tempos determinados.

Costumamos chamar –e com inteira razão São Josemaria Escrivá “um Santo dos nossos dias”, mas para estar de acordo com essa “qualificação” não se pode, não se deve, manter o que foi escrito, instituído por esse santo excepcional, imóvel, imutável, sem alterar uma vírgula que seja.

O OPUS DEI é uma realidade activa, do dia-a-dia de milhares de pessoas de todas as classes sociais e vidas particulares.
Não é, longe disso, uma classe se indivíduos que resolveu, um dia, por vocação, que esse seria o melhor caminho par alcançar a santidade pessoal, objectivo e determinação e quem pretende alcançar a salvação eterna.

Ser santo – na vida corrente – não é um exclusivo do OPUS DEI, mas apenas um caminho.
A Igreja é como todos sabemos, constituída por todos os filhos de Deus, que somos todos os homens.
Nosso Senhor e Criador, quer a todos os Seus filhos por igual e não distingue – porque a Sua exclusiva e única observância da liberdade de cada um – quem pertence a esta ou aquela regra ou filiação nos institutos da Sua Igreja, isto seria uma injustiça de que Deus Nosso Senhor é incapaz.

Mas, quando a pessoa por sua exclusiva e única decisão, adere a uma instituição - ou o que for - que faz parte das organizações reconhecidas pela Santa Igreja, assume determinados compromissos e, porque o faz, livremente, por sua vontade e decisão – correspondendo a uma vocação específica, - esses compromissos têm, acarretam consigo, uma responsabilidade pessoal que não pode ser descartável.

Ora bem, tentemos pôr as coisas no seu devido lugar.

Um compromisso livremente assumido tem um valor intrínseco que não pode ser ignorado.
Honrar um compromisso é o que se espera de alguém de são critério e vontade esclarecida.
Faltar a esse compromisso é uma falta mais ou menos grave consoante o compromisso que se assumiu.
A gravidade da falta só pode medir-se pelo comportamento pessoal, se se obedeceu ou aceitou uma vocação ou se, - “de ânimo leve” -, se assentiu em algo que não se conhecia bem ou que, de qualquer modo não correspondia a uma vocação específica.
Parece-me não haver grandes dúvidas: trata-se de uma questão de querer, esclarecido, informado suficientemente claro para decidir.

“Já não quero! Não me interessa! Sinto-me defraudado nas minhas expectativas”.

Pode acontecer, não é nada estranho!

Mas, se há confiança, - e é imprescindível que haja – deve expor-se o assunto exactamente porque, os outros, têm confiança em nós e no nosso compromisso.
Outra atitude qualquer é inadmissível e imprópria de uma pessoa de bem!

AMA, reflexões, 2018

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