A morte é, assim, o acabar a vida, o terminar de sonhos e esperanças, projectos e planeamentos o não se "vai passar mais nada"!
A Morte!
Choca, faz estremecer, sobretudo os vivos, os que ficam e que subitamente se dão conta que ela chegou e levou consigo quem tanto queríamos, de quem tanto gostávamos.
Um travo amargo de perda irreparável, de algo sem remédio nem solução e ficamos como que tontos pensando: como é - como foi - possível?
Mas foi! E é! A morte está presente desde o dia em que nascemos e que, pela primeira vez fomos uma pessoa.
Sim, quando perguntamos por alguém cuja situação é grave e respondemos: está entre a vida e a morte esquecemos que esta resposta deve ser a de sempre, desde que vimos pela primeira vez a luz do dia.
A Morte faz parte da condição humana, esta é a verdade e, mais, súbita ou expectável, sucede sempre.
O que podemos fazer, nós que amámos tanto a pessoa que morreu?
Nada, absolutamente nada!
Guardamos como tesouro genuíno as lembranças todas. De repente, como por milagre, só nos lembramos das coisas boas.
Quem morreu deixou, de repente, de ter defeitos, fraquezas, coisas que nos desiludiram ou magoaram.
A Morte tem esse efeito regenerador, converte a pessoa em excelente criatura que fez muito bem e, sobretudo, nos faz muita falta.
O que fazer?
Para um cristão esta é, deve ser, uma consolação, um lenitivo para a dor da ausência física para passar a ser uma certeza de que a memória permanece talvez mais viva e actuante que nunca.
(AMA, na morte do meu querido sobrinho Pedro, 03.11.2015)
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