Santa Isabel de
Portugal
Evangelho: Mt 8, 28-34
28 Chegado à outra margem, à região
dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois possessos, que habitavam nos
sepulcros. Eram tão ferozes que ninguém podia passar por aquele caminho. 29 Vendo-o,
disseram em alta voz: «Que tens a ver connosco, Filho de Deus? Vieste aqui
atormentar-nos antes do tempo?» 30 Ora, andava a pouca distância dali, a
pastar, uma grande vara de porcos. 31 E os demónios pediram-lhe: «Se nos
expulsas, manda-nos para a vara de porcos.» 32 Disse-lhes Jesus: «Ide!» Então,
eles, saindo, entraram nos porcos, que se despenharam por um precipício, no
mar, e morreram nas águas. 33 Os guardas fugiram e, indo à cidade, contaram
tudo o que se tinha passado com os possessos. 34 Toda a cidade saiu ao encontro
de Jesus e, vendo-o, rogaram-lhe que se retirasse daquela região.
Comentário:
Muitos
comentários se têm escrito sobre este trecho do Evangelho.
Talvez
sem querer, ficamos algo decepcionados com Jesus ter permitido que os demónios
entrassem nos porcos com o resultado que se sabe.
Talvez
possamos tirar duas ou três ilacções:
A
primeira é a confirmação que o demónio existe o que, muitos, insistem em negar;
A
segunda será que Cristo não poderia consentir que acreditassem nele pelo
testemunho do demónio, que é o pai da mentira;
A
terceira é a completa inversão de valores do gadarenos que dão mais importância
a perda dos porcos que à recuperação da saúde do seu conterrâneo;
E,
uma quarta, - talvez a mais inesperada – é a sua reacção pedindo a Jesus que se
afaste do seu território, sem procurar compreender, sem fazer uma pergunta, se,
sequer, considerar o extraordinário do acontecimento.
Preferem,
de facto, fechar os olhos e os ouvidos e
ignorar o que foi tão patente perante todos.
(AMA,
comentário sobre Mt 8, 28-34, 12.04.2018)
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