Semana Santa
Evangelho: Jo 13, 21-23. 36-38
21 Tendo dito isto, Jesus perturbou-se interiormente e declarou: «Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me há-de entre-gar!» 22 Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saberem a quem se referia. 23 Um dos discípulos, aquele que Jesus amava, estava à mesa reclinado no seu peito.
36 Disse-lhe Simão Pedro: «Senhor, para onde vais?» Jesus respondeu-lhe: «Para onde Eu vou, tu não me podes seguir por agora; hás-de seguir-me mais tarde.» 37 Disse-lhe Pedro: «Senhor, porque não posso seguir-te agora? Eu daria a vida por ti!» 38 Replicou Jesus: «Darias a vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: não can-tará o galo, antes de me teres negado três vezes!»
Comentário:
A delicadeza do Senhor para com Judas espanta-nos?
Não, Jesus poderia ter dito claramente e de viva voz quem seria o traidor, mas, porque o não fez?
Em primeiro lugar – talvez – para evitar uma reacção natural dos outros discípulos presentes que, decerto, impediriam aquele de cometer o acto tão reprovável.
Mas, depois, porque as Escrituras tinham de cumprir-se plenamente até ao pormenor.
A perturbação de Jesus – de que o Evangelista fala – deve-se naturalmente à Sua profunda mágoa por ver um dos Seus escolhidos trair a Sua confiança e o Seu Amor.
Não… o Senhor não Se enganou na escolha dos doze porque até ao último momento – tal como connosco – espera uma reconvenção que nos afaste do caminho da traição.
O que é o pecado senão uma traição ao Amor Infinito que Deus tem pelos Seus filhos?
(AMA, comentário sobre Jo 13, 21-33. 36-38, 10.04.2017)
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