Que
formosa é a santa pureza! Mas não é santa, nem agradável a Deus, se a
separarmos da caridade. A caridade é a semente que crescerá e dará frutos
saborosíssimos com a rega que é a pureza. Sem caridade, a pureza é infecunda, e
as suas águas estéreis convertem as almas num lodaçal, num charco imundo, donde
saem baforadas de soberba. (Caminho, 119)
É
verdade que a caridade teologal é a virtude mais alta, mas a castidade é a
exigência sine qua non, condição imprescindível para chegar ao diálogo íntimo
com Deus. Quem não a guarda, se não luta, acaba por ficar cego. Não vê nada,
porque o homem animal não pode perceber as coisas que são do Espírito de Deus.
Animados
pela pregação do Mestre, nós queremos ver com olhos limpos: bem-aventurados os
puros de coração, porque verão a Deus.
A
Igreja sempre apresentou estas palavras como um convite à castidade. Guardam um
coração sadio, escreve S. João Crisóstomo, os que possuem uma consciência
completamente limpa ou os que amam a castidade. Nenhuma virtude é tão necessária
como esta para ver a Deus. (Amigos de Deus, 175)
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