Há dias, na Igreja da Lapa,
enquanto esperava pela Santa Missa, depois da meia hora de preparação (do
costume), olhava a grande Cruz com O Crucificado que, sempre na Quaresma, está
no lado direito do altar.
Aos poucos senti a comoção
de estar a contemplar uma realidade: o meu Deus e Senhor, pendente do madeiro
onde me redimiu e salvou!
Ouvi uma pergunta interior,
mas absolutamente clara:
‘Tu amas-me?’
Não sou tonto, nem tenho
visões, mas olhei em volta, desnecessariamente, aliás porque sabia muito bem de
onde vinha a pergunta.
E, respondi, claro: ‘Senhor,
eu amo-te’.
Provavelmente não respondi
bem porque a pergunta surgiu novamente:
- ‘Tu, amas-me?’
Fiquei um pouco admirado,
estaria o Senhor enganado, não me chamo Pedro!
Mas, de facto, como muito
bem sei, Ele nunca Se engana porque, logo a seguir:
- Está bem, amas-me... Mas,
amas-me, por Mim ou por ti? Amas-me sempre ou quando te é mais conveniente?
Amas-me com AMOR, ou com respeito’.
Demorei um pouco na
resposta, queria pensar bem na pergunta.
- ‘Olha, Senhor, eu amo-te
porque sou muito "interesseiro", por outras palavras, sinto que é o
melhor "negócio" que posso fazer.
Já vês, eu amo-Te como quem
sou, um pobre homem cheio de mazelas é defeitos e, Tu, em troca, amas-me com o
Teu Amor que é divino e sem medida!
Então? Não achas que faço
bem?’
Acabou aqui a
"conversa", a Santa Missa ia começar.
AMA, reflexões, 01.04.2017
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