19/09/2017

Reflectindo

Confidência

Há dias, na Igreja da Lapa, enquanto esperava pela Santa Missa, depois da meia hora de preparação (do costume), olhava a grande Cruz com O Crucificado que, sempre na Quaresma, está no lado direito do altar.

Aos poucos senti a comoção de estar a contemplar uma realidade: o meu Deus e Senhor, pendente do madeiro onde me redimiu e salvou!

Ouvi uma pergunta interior, mas absolutamente clara:

‘Tu amas-me?’

Não sou tonto, nem tenho visões, mas olhei em volta, desnecessariamente, aliás porque sabia muito bem de onde vinha a pergunta.

E, respondi, claro: ‘Senhor, eu amo-te’.

Provavelmente não respondi bem porque a pergunta surgiu novamente: 

- ‘Tu, amas-me?’

Fiquei um pouco admirado, estaria o Senhor enganado, não me chamo Pedro!
Mas, de facto, como muito bem sei, Ele nunca Se engana porque, logo a seguir:

- Está bem, amas-me... Mas, amas-me, por Mim ou por ti? Amas-me sempre ou quando te é mais conveniente? Amas-me com AMOR, ou com respeito’.

Demorei um pouco na resposta, queria pensar bem na pergunta.

- ‘Olha, Senhor, eu amo-te porque sou muito "interesseiro", por outras palavras, sinto que é o melhor "negócio" que posso fazer.
Já vês, eu amo-Te como quem sou, um pobre homem cheio de mazelas é defeitos e, Tu, em troca, amas-me com o Teu Amor que é divino e sem medida!
Então? Não achas que faço bem?’

Acabou aqui a "conversa", a Santa Missa ia começar.



AMA, reflexões, 01.04.2017

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