Ao oferecer-te aquela História de Jesus, pus como dedicatória:
"Que procures a Cristo. Que encontres a Cristo. Que ames a Cristo". –
São três etapas claríssimas. Tentaste, pelo menos, viver a primeira? (Caminho, 382)
Como poderemos superar estes inconvenientes? Como conseguiremos
fortalecer-nos nessa decisão que começa a parecer-nos muito pesada?
Inspirando-nos no modelo que nos apresenta a Virgem Santíssima, nossa Mãe: uma
rota muito ampla, que passa necessariamente através de Jesus.
Neste esforço por nos identificarmos com Cristo, costumo falar de
quatro degraus: procurá-lo, encontrá-lo, conhecê-lo, amá-lo. Talvez pareça que
estamos na primeira etapa... Procuremo-lo com fome, procuremo-lo dentro de nós
com todas as forças! Se o fizermos com este empenho, atrevo-me a garantir que
já O encontrámos e que já começámos a conhecê-lo e a amá-lo e a ter a nossa
conversa nos céus.
Rogo a Nosso Senhor que nos decidamos a alimentar nas nossas almas
a única ambição nobre, a única que merece a pena: ir ter com Jesus Cristo, como
fizeram a sua Bendita Mãe e o Santo Patriarca, com ânsia, com abnegação, sem
descuidos. Participaremos na dita da amizade divina – num recolhimento
interior, compatível com os nossos deveres profissionais e sociais – e
agradecer-Lhe-emos a delicadeza e a caridade com que Ele nos ensina a cumprir a
Vontade do Nosso Pai que está nos céus.
Seguir Cristo: é este o segredo. Acompanhá-lo tão de perto, que
vivamos com Ele, como os primeiros doze; tão de perto, que com Ele nos
identifiquemos. Se não levantarmos obstáculos à graça, não tardaremos a afirmar
que nos revestimos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nosso Senhor reflecte-se na
nossa conduta como num espelho. Se o espelho for como deve ser, captará o rosto
amabilíssimo do nosso Salvador sem o desfigurar, sem caricaturas: e os outros
terão a possibilidade de O admirar, de O seguir. (Amigos de Deus, nn. 299–303)
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