V.
FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA DISCIPLINA DO CELIBATO
A
Teologia do celibato sacerdotal
…/2
Deve ser valorizado, acima de tudo,
neste sentido, aquilo que é afirmado no capítulo três, especialmente nos
números 22 e 23, acerca da “configuração com Jesus Cristo Cabeça e Pastor e a
caridade pastoral”. Cristo nos é mostrado aqui no mesmo sentido de Ef 5, 23-32,
como Esposo da Igreja, assim como ela é a única Esposa de Cristo. Em ligação
com outros textos das Escrituras, nesta passagem da Exortação se contempla a
profunda e misteriosa união entre Cristo e a Igreja, que é colocado
imediatamente em relação com o sacerdote: “O sacerdote está chamado a ser uma
imagem viva de Jesus Cristo, Esposo da Igreja… Está chamado, portanto, a
reviver na sua vida espiritual o amor de Cristo Esposo pela Igreja Esposa.” Não
lhe falta, por isso, ao sacerdote um amor esponsal, pois tem a Igreja como
esposa. “Sua vida deve também estar iluminada e orientada por esta relação
esponsal, que lhe pede ser testemunho do amor esponsal de Cristo, ser capaz de
amar as pessoas com um coração novo, grande e puro, com autêntico desapego de
si, com plena dedicação, contínua e fiel e, ao mesmo tempo, com uma forma
especial de zelo (cf. 2 Cor 11, 2), com uma ternura que se reveste
também com acentos do amor maternal, capaz de tomar a cargo das ‘dores de
parto’ para que ‘Cristo’ seja formado nos fiéis (cf. Gal 4, 19)”.
(cont)
(revisão da versão portuguesa por ama)
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