Evangelho: Jo 11, 3-27
Naquele tempo, as irmãs de Lázaro
mandaram dizer a Jesus: «Senhor, o teu amigo está doente». Ouvindo isto, Jesus
disse: «Essa doença não é mortal, mas é para a glória de Deus, para que por ela
seja glorificado o Filho do homem». Jesus era amigo de Marta, de sua irmã e de
Lázaro. Entretanto, depois de ouvir dizer que ele estava doente, ficou ainda
dois dias no local onde Se encontrava. Depois disse aos discípulos: «Vamos de
novo para a Judeia». Ao chegar lá, Jesus encontrou o amigo sepultado havia
quatro dias. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu
encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor,
se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora,
tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão
ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição
do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita
em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em
Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que
Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». Jesus comoveu-Se
profundamente e perturbou-Se. Depois perguntou: «Onde o pusestes?». Responderam-Lhe:
«Vem ver, Senhor». E Jesus chorou. Diziam então os judeus: «Vede como era seu
amigo». Mas alguns deles observaram: «Então Ele, que abriu os olhos ao cego,
não podia também ter feito que este homem não morresse?». Entretanto, Jesus,
intimamente comovido, chegou ao túmulo. Era uma gruta, com uma pedra posta à
entrada. Disse Jesus: «Tirai a pedra». Respondeu Marta, irmã do morto: «Já
cheira mal, Senhor, pois morreu há quatro dias». Disse Jesus: «Eu não te disse
que, se acreditasses, verias a glória de Deus?». Tiraram então a pedra. Jesus,
levantando os olhos ao Céu, disse: «Pai, dou-Te graças por Me teres ouvido. Eu
bem sei que sempre Me ouves, mas falei assim por causa da multidão que nos
cerca, para acreditarem que Tu Me enviaste». Dito isto, bradou com voz forte:
«Lázaro, sai para fora». O morto saiu, de mãos e pés enfaixados com ligaduras e
o rosto envolvido num sudário. Disse-lhes Jesus: «Desligai-o e deixai-o ir».
Então muitos judeus, que tinham ido visitar Maria, ao verem o que Jesus fizera,
acreditaram n’Ele.
Comentário:
Como impressiona a humanidade do Senhor! Comove-se e
chora a morte de um amigo.
É tão visível esta sensibilidade que todos se dão
conta e se sentem atraídos por este Homem tão extraordinário que opera milagres
portentosos e que, não obstante, está tão próximo da humanidade sobretudo dos
que sofrem.
A comoção de Jesus não se destina a mover a
multidão nem para impressionar os que O rodeiam, não!
É sincera, intimamente sentida, como que uma
explosão de sentimentos genuínos que não pode guardar dentro de Si.
O extraordinário milagre que se segue quase fica
ofuscado por esta evidência da humanidade do Senhor, perfeito Deus e perfeito
homem que implica o poder divino de ressuscitar os mortos e a sensibilidade
delicada de um verdadeiro amigo.
(ama, comentário sobre Jo 11, 3-27, 13.12.2016)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.